Qual é a origem dos contos de fada? Por quem, onde e quando eles foram criados? Por que toda narrativa desse tipo tem final feliz e sempre traz uma espécie de ensinamento?
Conversa de madame apresenta a recriação de contos de fada clássicos, como A Bela e a Fera, e o leitor ainda vai se sentir como se estivesse num salão da corte francesa ouvindo histórias.

As histórias de Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, Branca de Neve e A Bela Adormecida são recontadas e nelas a floresta desempenha o papel do desconhecido num universo de príncipes, princesas, bruxas e seres mara-vilhosos.

Contos que brotam nas florestas traz o mundo mágico criado pelos irmãos Grimm há quase dois séculos e desvenda os ensinamentos dessas fábulas que até hoje encantam crianças e adultos.

Nas histórias do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, meninos e meninas tornam-se príncipes e princesas.

Em Chocolate quente na neve, ao mesmo tempo em que o leitor viaja pelas histórias recriadas, conhece um pouco da obra daquele que é considerado um dos fundadores da literatura infantil.

Como explicar o eterno encantamento que os contos de fada provocam nas pessoas? Onde reside o poder arquetípico na história de horror representada pelo abandono de João e Maria e pelo assassinato que ambos cometem depois? Por que gerações e gerações de pais continuam a ler e a transmitir para seus filhos essas histórias infantis?

Neste livro, Sheldon Cashadan explora as formas pelas quais os contos de fada ajudam as crianças a lidarem com seus conflitos psicológicos, ao projetarem nos personagens suas lutas internas entre o bem e o mal. Figuras como Rumpelstiltskin, Pinóquio e Rapunzel dramatizam vigorosamente a luxúria, a inveja, a avareza e a preguiça, em um ambiente seguro, que proporciona às crianças a chance de lidar com seus “pecados capitais”.

Cashadan fornece análises impecáveis de como os contos de fada falam às preocupações essenciais de todo ser humano, destacando o papel de determinados símbolos que se tornaram ícones, como os sapatinhos de cristal, as casas de biscoito, madrastas diabólicas e bruxaria.

O autor nos revela como os contos de fada são “disneyficados” e por que eles podem ter um efeito extremamente salutar sobre os leitores adultos.

Por que Branca de Neve come a maçã envenenada? Por que a madrasta é tão malvada? Por que o pai da Cinderela nunca está por perto quando ela mais precisa dele? Este livro resgata uma época em que reinava a fantasia e se extraíam importantes lições de vida dos contos infantis. Nunca, desde The Uses of Enchantement, de Bruno Bettelheim, o significado subliminar dos contos de fada foi tão intuitiva e divertidamente aprofundado.

De repente, os homens atravessaram o tempo por túneis, pirâmides, caravanas, mares e espelhos. E trouxeram histórias nas linhas das mãos. De todas as partes, veio sempre alguém com uma história na boca, saindo pelos olhos, derramando-se pelo corpo, inventando cenários: um acampamento, uma varanda, um átrio de igreja, uma aldeia, uma vila, uma taba, uma casa de avó, uma sala de aula. Dos pequenos núcleos familiares ou populacionais às salas das bibliotecas e dos teatros, o contador de histórias manteve-se na ordem do dia. Alguns o quiseram esquecido, outros acreditaram na força solidária de quem junta pessoas para encantar pela palavra. Mais do que agregar, o contador de histórias tornou-se obrigatório na promoção da leitura e no resgate do lúdico e da fantasia!

A partir dos contos de fada clássicos, Jonas Ribeiro faz uma série de reflexões educacionais ao lado do seu irmão, Jean Ribeiro, que apresenta um solo de imagens (puro jazz) para espichar e redimensionar um na-moro gostoso com os flagrantes simbólicos dos contos de fada da tradição oral. Desarme o coração e entre nessa leitura apaixonada, lúcida e poética que sugere uma forma original para povoar, urbanizar, mobiliar e decorar o imaginário da criança.

A formação do leitor literário é a descrição de pesquisa realizada na Espanha e contém um manancial de infor-mações históricas sobre o desenvolvimento do gênero em todo o mundo. Ao trabalhar com rigor e precisão, Teresa Colomer produziu uma obra que certamente se tornará clássica sobre o tema. E, mais importante para o leitor brasileiro, oferece também instrumentos preciosos para análise e compreensão da nossa produção editorial destinada à infância e à juventude.

A importância dos contos de fada em nossa cultura dificilmente pode ser exagerada. Eles assumi-ram, na época moderna, uma função civilizadora, didática e edificante; histórias como Cinderela, Branca de Neve e A Bela e a Fera, entre muitas outras, hoje difundidas pelos meios de comunicação de massa, foram aceitas como parte de um tesouro comum e ajudaram a consolidar um universo de mitos compartilhado por pessoas das mais diversas idades e experiências.

Bastaria isso para recomendar o exame atento de alguns dos mais célebres contos de fada, como faz Marina Warner neste livro. Revelando as tensões e os dramas reais que neles se dissimulam, com atenção especial voltada à figura feminina, a autora vai além da análise literária e psicanalítica que domina a leitura crítica. Ela nos mostra, com um impressionante painel da transformação histórica dos contos de fada, que quanto mais os conhecemos, menos fantásticos — e nem por isso menos maravilhosos — eles nos parecem.