Edição 28

Dicas de leitura

Dicas de Leitura

Os Sete Novelos – Um Conto de Kwanzaa

Numa aldeia africana, sete irmãos que vivem brigando transformam a vida familiar numa convivência difícil. Então, o pai deles morre e deixa um testamento curioso: até o pôr-do-sol daquele dia, os irmãos terão de aprender a fazer ouro com sete novelos de fios coloridos. Se falharem, não receberão a herança e serão expulsos de casa como mendigos. Usando os Nguzo Saba, os sete princípios do Kwanzaa, Ângela Shelf Medearis escreveu uma história inesquecível sobre como os membros de uma família podem unir-se em benefício de toda a comunidade. As xilogravuras magníficas e inspiradoras de Daniel Minter trazem alegria a essa celebração do
Kwanzaa.

Autora: Angela Shelf Medearis
Editora: Cosac Naify – www.cosacnaify.com.br
Ilustrações: Daniel Minter

Contos e Lendas da África

Andajau, a aranha macho, e Kpowu, o leopardo fêmea, são dois vizinhos que sempre tentam passar a perna um no outro. Kpowu é grande, veloz e sagaz, mas o pequeno Andajau também é esperto e, muitas vezes, consegue driblar as arapucas que a inimiga arma para ele no dia-a-dia da caça e do plantio. Essas e outras histórias de bichos, caçadores, bruxos e princesas da África foram narradas oralmente através dos séculos, lembradas ou inventadas por artistas populares, e, hoje, chegam a nós pela palavra escrita. Nelas, as pessoas conversam com a mata, a terra esconde segredos de fertilidade e a astúcia define os rumos do amor e da morte.

Autor: Yves Pinguilly
Editora: Companhia das Letras – www.companhiadasletras.com.br
Ilustrações: Cathy Millet

Gosto de África – Histórias de Lá e Daqui

Histórias daqui e da África, contando mitos, lendas e tradições negras. Com um olhar crítico e afetuoso, fala também de personagens da História do Brasil e de um tempo de escravidão, luta e liberdade, ajudando-nos a compreender melhor nossa cultura.

Autor: Joel Rufino dos Santos
Editora: Global Editora – www.globaleditora.com.br
Ilustrações: Cláudia Scatamachia

Xangô, o Trovão

Em tempos imemoriais, na África negra, um poderoso rei chamado Xangô tinha a habilidade de botar fogo pela boca. Ao exercitar esse poder para usar na guerra, acabou provocando uma tragédia para si próprio e seu povo. Mais tarde, Xangô foi transformado numa divindade, num orixá. Essa e outras histórias fazem parte de Xangô, o Trovão, uma continuação da saga dos orixás, os deuses africanos que foram trazidos para o Brasil pelos escravos negros, apresentada no livro Ifá, o Adivinho. Além das aventuras míticas de Xangô e suas esposas, Oxum, Oba e Iansã, podemos conhecer também histórias de Iemanjá, Exu, Ogum, Iroco, Oxalá, Odudua, Oxaguiã e outros orixás que fazem parte do patrimônio cultural que o Brasil herdou da África.

Autor: Reginaldo Prandi
Editora: Companhia das Letrinhas
Ilustrações: Pedro Rafael

O Rei Preto de Ouro Preto

Castro Alves, o poeta dos escravos, narrou em versos a dor do povo africano: nos porões dos navios negreiros, acorrentados, reis, rainhas, guerreiros, chefes religiosos foram trazidos para a América. Os escravos mantiveram a cabeça erguida, jamais escravizando seus sonhos e sua mente. Sylvia Orthof fala desse eterno sonho de liberdade, personificado no líder negro Chico Rei, que conseguiu, por meio de seu trabalho, obter uma alforria.

Autora: Sylvia Orthof
Editora: Global Editora – global@globaleditora.com.br
Ilustrações: Rogério Borges

A África na Sala de Aula – Visita à História Contemporânea

Quando se fala da África, uma pergunta fundamental precisa ser formulada: existe uma África única, uma identidade comum a todo o continente? É a essa pergunta que Leila Leite Hernandez responde nesse livro. Ela nos convida a abandonar nossos pressupostos e estereótipos propondo um novo tipo de estudo: aprendermos a enxergar a África como um entrelaçamento de diversas culturas e processos históricos, de identidades complexas e, muitas vezes, contraditórias. A autora revisita, com extrema sensibilidade, temas fundamentais para a compreensão da história contemporânea dos países africanos, como o papel da violência, da discriminação e das arbitrariedades dos regimes colonialistas. Ao mesmo tempo, contribui de forma significativa para a percepção de que esses temas continuam mal compreendidos pela historiografia e que esta precisa se despir de sovinas colorações emocionais e políticas ao se apresentar em sala de aula.

Autora: Leila Leite Hernandez
Editora: Selo Negro – www.selonegro.com.br

A África, Meu Pequeno Chaka…

Vovô Dembo é um africano muito alto e muito sábio. Para o pequeno Chaka, ele tem o tamanho do baobá — árvore que alcança 20 metros de altura — e a sabedoria dos marabus — sacerdotes venerados pela religião muçulmana. É vovô Dembo quem conta ao neto Chaka a história da África, da sua África: a infância pobre numa família de catorze irmãos, o pastoreio de cabras, as pescarias no rio barrento, as festas, as comidas, as plantações de amendoim e batata-doce. Com pinceladas sensíveis, um verbo saboroso e poético, vovô Dembo fala dos espíritos que se escondem na selva entre os macacos e os elefantes, conta sobre a chegada da chuva, quando os pingos enormes batem na terra esturricada, e a tempestade é um bálsamo que revigora a vida. Chaka logo percebe que vovô Dembo, com sua imaginação entre o plausível e o mágico, faz um retrato em que se sobrepõem duas histórias, a dele mesmo e a do continente mais antigo e mais pobre do planeta. A África, meu pequeno Chaka... reata com a tradição africana do contador de histórias, figura central de um mundo sem livros e sem escolas e a quem cabe transmitir a saga da família, da aldeia, de seu povo, fundindo a memória pessoal com a coletiva.

Autora: Marie Sellier
Editora: Companhia das Letrinhas – www.companhiadasletrinhas.com.br
Ilustrações: Marion Lesage

Cidadania em Preto e Branco – Discutindo as Relações Raciais

Cidadania em preto e branco informa e amplia a conscientização sobre a problemática do racismo no Brasil. Estimula o leitor à reflexão sobre si próprio, sobre os acontecimentos de seu cotidiano e sobre os fatos históricos ligados às teorias raciais.

Autora: Maria Aparecida Silva Bento
Editora: Ática – www.atica.com.br

Tear Africano – Contos Afro-descendentes

O tear africano de cada dia tece o pano e tece a trama da vida. Africanidades e afro-descendentes constituem um dos eixos fundamentais da construção do Brasil. Esse livro reúne contos escritos durante dez anos de militância do autor no movimento negro. Em linguagem poética e singela, associando determinação pessoal e consciência política, buscam retratar as contradições étnicas da sociedade brasileira. Quilombos e quilombolas, figuras rurais urbanas, mulheres e homens aparecem não só como símbolos de luta e vitória, mas também como personagens sábios e dignos, que têm contribuído ao longo dos séculos para o crescimento da humanidade.

Autor: Henrique Cunha Junior
Editora: Selo Negro – www.selonegro.com.br

Afro-brasileiros Hoje

Afro-brasileiros Hoje é a oportunidade de acompanharmos o olhar de longe do historiador afrocaribenho Dr. Darien J. Davis que incide sobre a sociedade brasileira. O relato tem como base levantamento demográfico, entrevistas, livros e artigos que fundamentam o diagnóstico a respeito da população negra do Brasil. Compara afro-brasileiros e demais brasileiros quanto aos índices de mortalidade infantil, educação, situação nas áreas rurais, emprego e violência policial, relacionando-os ao mito do Brasil como uma democracia racial. Além da síntese que apresenta, também expõe como os afro-brasileiros estão longe de constituir um grupo homogêneo. A publicação da obra no Brasil foi construída num diálogo político entre duas instituições. A parceria se deu entre a Minority Rights Group International, que advoga e auxilia na percepção dos direitos das minorias em fóruns internacionais, e a organização não-governamental Geledés – Instituto da Mulher Negra, que luta pelos direitos da população negra do Brasil.

Autor: Darien J. Davis
Editora: Selo Negro – www.selonegro.com.br

Olhar a África e ver o Brasil

As fotos de Pierre Verger revelam a beleza da cultura africana e a força de sua influência na música, na dança, na comida, as roupas, as artes e em muitos outros costumes brasileiros. Olhar a África é descobrir muitas das nossas origens.

Fotos: Pierre Verger
Organização: Raul Lody
Editora: Companhia Editora Nacional – www.ibep-nacional.com.br
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