Edição 40

Dicas de leitura

Dicas de Leitura

Fenômeno Bullying

Bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outros, causando dor, angústia e sofrimento. Com uma proposta de “educar para a paz”, a pesquisadora e educadora brasileira Cleo Fante escreveu o livro Fenômeno Bullying. Em uma edição revisada e atualizada por recentes pesquisas, o texto apresenta o bullying como um fenômeno que vem sendo tema de preocupação e de interesse nos meios educacionais e sociais em todo o mundo. Embora ofereça um panorama mundial sobre o problema, Cleo Fante destaca a realidade vivida hoje no Brasil e apresenta um programa inédito e extremamente prático a ser aplicado nas escolas, que já vem sendo desenvolvido em alguns estabelecimentos de ensino, com sucesso. O livro Fenômeno Bullying tem como objetivo despertar autoridades educacionais, educadores, pais, alunos e a sociedade em geral para o assunto, muitas vezes encoberto nas escolas. Acreditando que uma nova geração, mais pacífica, é possível, o programa Educar para a Paz é fundamentado em valores como a tolerância e a solidariedade, que devem ser estimulados entre os alunos através do diálogo. O respeito e as relações de cooperação também precisam ser valorizados. Para isso, é preciso que haja união e interesse de todos: direção da escola, professores e comunidade.

Autor: Cleo Fante
Editora: Verus Editora

Diversidade, espaço e relações étnico-raciais

“quilombo no paraná?”, mas no paraná há negro?,
ué, no paraná não houve escravidão, lá houve assentamentos, colônias, de alemães, poloneses, ucranianos, etc., mas escravidão, negros, não!, são falas que, proferidas por representantesgovernamentais de diferentes esferas, autoridades do poder judiciário e tecnoburocratas de autarquias e órgãos públicos,justificam atitudes (e inércias!) que atracavam os processos de reconhecimento, demarcação e titulação daquela e de diversas outras comunidades naquela região e pelo brasil afora — mesmo que a “escravidão no brasil meridional” já tenha sido objeto de obras clássicas das ciências sociais brasileiras. este exemplo nos mostra como a produção de uma imagem de território que remete exclusivamente à colonização pela imigração européia oculta a presença negra, apaga a escravidão da história da região e assim autoriza violências diversas.

partindo desse entendimento, os autores desta coletânea mostram a importância de se construir em nossos cidadãos um conhecimento geográfico que contemple a participação do negro na constituição do brasil enquanto nação. para isso, acenam com a importância do ensino da geografia, que tem imensa responsabilidade social, porque informa às pessoas sobre o país em que elas vivem e ajudam a construir.

Autor: Renato emerson dos santos
Editora: Autentica

Se Liga, Charles!

Em Se Liga, Charles!, Vincent Cuvellier consegue falar da amizade na pré-adolescência ao mesmo tempo em que penetra nas inseguranças, nos medos e nos problemas que os meninos dessa idade sofrem em qualquer parte do mundo.

O leitor logo se verá envolvido por Benjamin, que narra a história em primeira pessoa. O livro aborda um fenômeno cada vez mais comum e grave nas escolas, o bullying, que pode ser traduzido como a violência oculta nas perseguições aparentemente inocentes, nos apelidos que ofendem, na segregação, nos preconceitos.

Se Liga, Charles! ajuda na atuação diária dos educadores, pois mostra como, a partir do conhecimento e da convivência com aquele que é discriminado e desprezado, podem surgir a amizade e a solidariedade.

O autor francês Vincent Cuvellier escreveu seu primeiro livro quando adolescente, com o qual ganhou o Jeune Écrivain, prêmio literário para jovens autores. Publicou várias obras, entre as quais A Motorista de Ônibus (Edições SM, 2006), que recebeu prêmios e foi traduzida em diversos países.

Autor: Vincent Cuvellier
Editora: Edições SM

Bullying – Estratégias de sobrevivência para crianças e adultos

Em um dos poucos títulos a explorar o bullying da infância à idade adulta, as autoras deste livro oferecem uma valiosa ajuda:usam estudos de caso sobre os ibullies e suas vítimas para chegar ao centro do problema, examinando os aspectos dehostilidade explícita e proporcionando um plano para dar um fim a ele.

Autoras: Jane Middelton-Moz e Mary Lee Zawadski
Editora: Artmed

Racismo, preconceito e intolerância

poucas sociedades passaram, nas últimas décadas, por tão profundas e rápidas transformações como a sociedadebrasileira.seu tradicional perfil agrário deu lugar a uma nova realidade industrial e urbana, marcada, contudo, por graves problemasdecorrentes dessas mudanças, cujas soluções constituem um grande desafio.

Autor: Edson borges
Editora: Atual

Bullying e desrespeito – Como acabar com essa cultura na escola

O bullying, intimidação direta ou indireta que varia da simples gozação até atitudes mais violentas que empreguem a forçafísica, é motivo de preocupação crescente nas escolas. Educadores, pais e psicólogos se questionam sobre o que fazerpara dar fim a esse problema da agressão e do desrespeito. Com o objetivo de discutir e apresentar alternativas para enfrentaro problema, esta obra reúne conhecimento psicológico e experiência educacional, oferecendo uma abordagem bem-sucedida para se lidar com um amplo leque de problemas comportamentais. Complementam o texto inúmeras atividades e estratégias de fácil implementação, as quais acompanham programas apropriados para o trabalho individual, com turmas da pré-escola e do Ensino Fundamental e com escolas inteiras, visando a promover o respeito, a responsabilidade e a tolerância entre os alunos.

Autor: A.E. Taylor e Beaudoin
Editora: Artmed

afro-descendente

mulato, neto de alforriados, nascido livre no morro do livramento, no rio de janeiro, em 1839; órfão, na adolescência trabalha como balconista e operário gráfico; autodidata, passa da oficina à redação e, daí, ao emprego público e à literatura. considerado um dos maiores escritores da língua portuguesa, machado de assis é acusado de aburguesamento, denegação de suas origens e omissão perante os dramas sociais de seu tempo, especialmente a escravidão. no entanto seusescritoscontradizem a tese absenteísta. e deixam evidente que, sob disfarces e dissimulações, tanto o cronista, quanto o poeta ou genial ficcionista valeram-se de uma linguagem sofisticada para, assumindo o lugar do outro, fazer a crítica, do regime e da classe que o mantinha. esta reunião de textos convida o leitor a reavaliar o posicionamento machadiano em relação à escravidão e às relações inter-raciais existentes no brasil do século XIX houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o senado votou a lei, que a regente sancionou, e todos saímos à rua. sim, também eu saí à rua, eu o mais encolhido dos caramujos, também eu entrei no préstito, em carruagem aberta, se me fazem favor, hóspede de um gordo amigo ausente; todos respiravam felicidade, tudo era delírio. verdadeiramente, foi o único dia de delírio público que me lembra ter visto.

Autor: machado de assis
Editora: pallas

o presente de ossanha

um negrinho escravo é comprado por um senhor para servir de “brinquedo” para seu filho. mas ao encontrar ossanha, orixá das matas, este lhe dá um pássaro que possui um lindo cantar, tornando-se cobiçado por todos. e é essa música que libertao pequeno escravo, tornando-o senhor de si mesmo.

¹ Texto modificado, tendo como base artigo da mesma autora: Fazendo soar os tambores: o ensino de História da África e dos africanos no Brasil, Cadernos Penesb/UFF nº 5, 2005, p. 159–173.

Autor: joel rufino dos santos
Editora: global
cubos