Edição 41

Dicas de leitura

Dicas de Leitura

Sociologia da Educação – A Escola Posta à Prova

A partir dos anos 1960, a escola foi objeto de inúmeras análises críticas, tanto científicas quanto políticas. A Sociologia da Educação começou a alçar vôo naqueles anos, época em que os responsáveis pelas grandes reformas escolares alimentavam a idéia de uma possível democratização dos estudos.

Esta obra descreve, por meio de sínteses teóricas, as grandes etapas da evolução da Sociologia da Educação, destacando os elos entre esse campo disciplinar específico e a Sociologia Geral, que a engloba. Ela integra, ainda, as contribuições recentes da análise das políticas públicas de Educação e de formação na Europa e atualiza o questionamento que se faz dos processos da socialização.

HAECHT, Anne Van. Sociologia da Educação – a Escola Posta à Prova. Porto Alegre: Artmed, 2008.

A Educação para o Século XXI – Questões e Perspectiva

Esta obra é paradigmática: contém uma seleção de textos resultantes dos trabalhos da Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI, criada pela Unesco, os quais oferecem um leque de pontos de vista sobre as diferentes questões da Educação atual, que nos são proporcionadas por eminentes especialistas contemporâneos. Estes revelam uma grande confiança na capacidade das instituições e dos sistemas de enfrentarem os desafios do futuro. O desejo manifestado pelos educadores de se mostrarem à altura dos desafios, antigos e novos, é uma das mensagens mais estimulantes que nos transmitem.

DELORS, Jacques. A Educação para o Século XXI – Questões e Perspectiva. Porto Alegre: Artmed, 2005.

Ensino que Funciona – Estratégias Baseadas em Evidências para Melhorar o Desempenho dos Alunos

O que funciona na Educação? Como a pesquisa educacional encontra seu caminho até a sala de aula? Como podemos aplicá-la para ajudar nossos estudantes individualmente?

Perguntas como essas surgem na maioria das escolas, e os educadores, ocupados, freqüentemente não têm tempo para encontrar as respostas. Os autores examinam décadas de achados de pesquisa para destilar os resultados em novas e amplas estratégias de ensino que têm efeitos sobre a aprendizagem do aluno, tais como:

Identificar semelhanças e diferenças.
Resumir e tomar notas.
Reforçar o esforço e proporcionar reconhecimento.
Usar representações não-lingüísticas.
Praticar a aprendizagem cooperativa.
Estabelecer objetivos e dar feedback.
Gerar e testar hipóteses.
Fazer perguntas, dar sugestões e usar organizadores avançados.

MARZANO, Robert J.; PICKERING, Debra J.; POLLOCK, Jane E. Ensino que Funciona – Estratégias Baseadas em Evidências para Melhorar o Desempenho dos Alunos. Porto Alegre: Artmed, 2008.

As Melhores Escolas – A Prática Educacional Orientada pelo Desenvolvimento Humano

Em As Melhores Escolas, Thomas Armstrong motiva os educadores a deixarem para trás definições estreitas de aprendizagem e a retornarem aos grandes pensadores — Montessori, Piaget, Freud, Steiner, Erikson, Dewey, Elkind, Gardner — e à abordagem do desenvolvimento humano e da integralidade da criança. O autor ainda destaca exemplos de programas de ensino que respeitam as diferenças entre os alunos, usando práticas adequadas ao desenvolvimento e promovendo uma abordagem humana na Educação que inclui os seguintes elementos:

- Ênfase sobre a brincadeira na aprendizagem da primeira infância.

- Aprendizagem baseada em temas e projetos para os alunos do Ensino Fundamental.

- Aprendizagem ativa que reconheça as necessidades sociais, emocionais e metacognitivas dos adolescentes que cursam as séries finais do Ensino Fundamental.

- Orientação, ensino voltado à aprendizagem de uma profissão e educação cooperativa para os alunos do Ensino Médio.

Este livro ajudará os educadores a capacitarem cada aluno a alcançar seu verdadeiro potencial, inspirando crianças e adolescentes a honrarem a jornada singular de cada indivíduo pela vida.

ARMSTRONG, Thomas. As Melhores Escolas – a Prática Educacional Orientada pelo Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: Artmed, 2008.

A Prática de Assessoramento Educacional

Existe uma prática educacional que possa ser chamada legitimamente de assessoramento? Existem modelos de intervenção que sejam mais adequados para essa prática profissional? É possível formar profissionais dessa prática nas universidades? Neste livro, um conjunto de especialistas de reconhecido prestígio, vinculados tanto à prática de assessoramento como à universidade, examina essa atividade educacional. Esta obra — situada no meio do caminho entre as teorias predominantes da prática de assessoramento e as experiências e pesquisas sobre o tema que melhor ilustram as teorias psicoeducacionais de vanguarda — pretende ser uma ponte entre o que se faz e o que se deveria fazer ou gostaríamos de fazer como aprendizes, profissionais e pesquisadores do assessoramento. Em suma, um atalho para aproximar a realidade vivida da realidade desejada.
MONEREO, Carles; POZO, Juan Ignácio. A Prática de Assessoramento Educacional. Porto Alegre: Artmed, 2007

Violência e Sofrimento de Crianças e Adolescente na Perspectiva Winnicottiana

Para Sérgio Belmont, estudioso de Winnicott e da violência na pós-modernidade, este livro trata sobre o curso do rio da vida. O pequeno rio nasce como regato, puro, com a aparência cristalina e uma nascente. Vai correndo, recebendo, em seu encontro com afluentes/pessoas, cuidados, maus-tratos, peixes e dejetos. Estes podem ser a expressão de muitas das questões abordadas pelos autores ao utilizarem metáforas do despejo de dejetos: a imposição de ódio, a destrutividade, a violência e a indiferença aos pequenos rios humanos em seu curso. Neste livro, há belas contribuições psicanalíticas, nas quais impera o sentimento de esperança. Mesmo quando poluídos, envenenados, chegando perto da morte, os rios/homens podem encontrar, através da dedicação e do amor, a esperança de viver, ou reviver, reencontrando a cristalina pureza que muitas vezes não foi possível manter. Assim ocorre com rios/homens, quando encontram no mundo um Outro ético e responsável, capaz de dedicação. Belmont, psicanalista do Rio de Janeiro, lembra as palavras de Heidegger: “O ser-no-mundo, como cuidado [concern], é fascinado pelo mundo com o qual está preocupado [concerned]... A compreensão da existência da pessoa como tal é sempre uma compreensão do mundo”.
ROSA, José Tolentino; MOTTA, Ivonise Fernandes da. Violência e Sofrimento de Crianças e Adolescentes na Perspectiva Winnicottiana. São Paulo: Idéias & Letras, 2008.
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