Edição 21
Ambiente-se
Ecologia – Vida e Reprodução Animal
O tempo de vida, a duração da gestação e o número de filhotes por parto variam bastante de espécie para espécie. Veja a diferença entre alguns bichos:
Animal
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Tempo Médio de Vida
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Tempo Médio de Gestação
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Ninhada
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Anta |
20/30 anos
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14 meses
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1
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Bicho-preguiça |
10 anos
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5/6 meses
|
1
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Bugio (macaco uivador) |
20 anos
|
140 dias
|
1
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Cachorro |
13 anos
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58/63 dias
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6 a 8
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Camundongo |
12 meses
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19/21 dias
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3 a 8
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Cavalo |
20 anos
|
11 meses
|
1
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Chimpanzé |
30/50 anos
|
8 meses
|
1
|
Elefante |
60/70 anos
|
22 meses
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1 a 2
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Galinha |
4 anos
|
21 dias
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6 a 10
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Gato |
15 anos
|
58/65 dias
|
5
|
Girafa (em cativeiro) |
28 anos
|
420/468 dias
|
1
|
Gorila |
34 anos
|
250/270 dias
|
1 a 2
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Hipopótamo |
40/50 anos
|
210/255 dias
|
1
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Leão (em cativeiro) |
34 anos
|
105/112 dias
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2 a 5
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Macaco-aranha |
20 anos
|
139 dias
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1
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Onça-pintada brasileira |
20/30 anos
|
100 dias
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1 a 4
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Papagaio |
20 anos
|
21 dias
|
2
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Pássaro |
6 anos
|
21 dias
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3 a 4
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Ratazana |
24 meses
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22/24 dias
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7 a 12
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Rinoceronte branco |
40/50 anos
|
548/578 dias
|
1
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Zebra |
20 anos
|
11 meses
|
1
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HOMEM X ANIMAIS
Se os animais concorressem com o ser humano em certas competições esportivas, até mesmo nossos campeões olímpicos ficariam para trás. Imagine o pódio…
BICHOS QUE VOAM, MAS NÃO SÃO PÁSSAROS
Mesmo sem ter asas, alguns mamíferos, répteis e anfíbios conseguem voar. Eles possuem membros especiais que funcionam como pára-quedas ou planadores. Veja alguns:
Lêmure-voador – Possui uma membrana que se estende das costas às patas. Com ela, consegue deslocar-se até 90 m pelo ar.
Lagarto Voador – Possui costelas longas, que se estendem para abrir uma membrana de cada lado das costas. Elas funcionam como asas planadoras.
Geco Voador – Possui uma membrana nos dois lados do corpo, outra entre os dedos e uma cauda, que o ajudam a planar.
Rã Voadora – Possui membranas entre os dedos, que funcionam como pára-quedas, suavizando a descida.
Esquilo Voador – Possui uma membrana que se estende entre as patas. Sua espessa cauda funciona como leme, para direcionar o vôo. Chega a planar 100 m ou mais.
O NAMORO ENTRE OS BICHOS
Certos animais têm um jeito especial de atrair um parceiro para se reproduzir e garantir a perpetuação da espécie. Veja estes exemplos:
Vaga-lumes – O macho emite sinais luminosos para localizar a parceira. Se a fêmea é virgem, responde ao chamado. Caso contrário, ela atrai machos de outras espécies, imitando seus sinais, e depois da cópula os devora.
Sapos – O que atrai a fêmea é o canto do macho. Quem canta mais forte conquista mais companheiras. Por isso, os machos em desvantagem escondem-se perto do cantor e, quando a fêmea se aproxima, tentam conquistá-la para a cópula.
Peixes – Os machos da espécie esgana-gata encenam um tipo de dança para atrair a parceira. Então, levam-na para um ninho com teto. Ela deixa os óvulos lá dentro, e o macho joga seu esperma sobre eles para fecundá-los. Às vezes, alguns machos imitam o comportamento de uma fêmea para entrar no ninho de outro macho e fecundar os óvulos da parceira deste.
Peixes-anfitriões – Para se acasalar, o casal de peixes escolhe uma anêmona, na qual se instala. Se não houver uma fêmea por perto, não há problema. O maior e mais forte dos machos muda de sexo e junta-se a outro para poder se reproduzir.
Lagartos – A espécie Cnemidophorus uniparens é composta apenas de fêmeas. A reprodução ocorre sem o macho. Mesmo assim, uma fêmea precisa desempenhar o papel que seria dele: sobe em outra fêmea, morde-lhe o pescoço, arranha-a de leve e enrosca-se nela. Esse ritual de acasalamento favorece e gera mais ovos do que se a fêmea procriasse sozinha.
Cracas – Esses moluscos vivem em conchas, grudados em alguma superfície, e são imóveis. Por isso, o macho lança em direção à fêmea seu órgão reprodutor, que cresce cerca de três vezes mais do que o comprimento do próprio animal.
Pássaros-açougueiros (Butcher-bird, em inglês) – Na época do acasalamento, o macho atrai a fêmea expondo seus troféus de caça: insetos e animais mortos pendurados ao redor do ninho. A fêmea sempre escolhe o maior caçador.
Fonte: Almanaque Abril 97 – pág. 57, 58, 59.