Editorial

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Educador que também é pai
Educadora que também é mãe

Família é um dos temas mais preocupantes que percebo hoje na sociedade. Estamos vivendo crises avassaladoras, e a maior de todas as crises é a familiar. Hernandes Dias Lopes, em seu livro Mães Intercessoras, da editora Hagnos, nos faz refletir quando diz que

Os lares estão sendo destruídos. Muitos filhos estão sem rumo, sem limites, sem disciplina, sem amor, porque os próprios pais estão perdidos. Os pais estão perdendo o controle dos filhos. Os pais estão confusos e não têm mais autoridade sobre os filhos. Os pais não sabem mais a que horas os filhos saem de casa, a que horas eles chegam em casa, o que fazem, onde andam e com quem andam. Vinte e cinco por cento dos pais hoje permitem que seus filhos pratiquem sexo dentro de casa, antes do casamento. Os nossos jovens estão iniciando sua vida sexual cada vez mais cedo. Aumenta, dia a dia, o número de adolescentes grávidas. A televisão, com sua filosofia permissiva, tem sido a grande mentora dos valores da nossa corrompida sociedade. As pessoas estão perdendo o pudor. O barco da família está afundando, porque os pais que estão no leme perderam o rumo da viagem e estão à deriva ou prestes a se chocar nos rochedos do desastre.

E, diante de tudo isso, como fica a escola, que precisa trabalhar em conjunto com a família? Precisamos agir rápido e combater o mal que invadiu nossos lares.

Abrimos Construir Notícias com o texto 10 Princípios básicos para educar seus filhos, da professora, psicóloga e sociodramatista Laurence Steinberg, doutora em Psicologia Clínica – PUC/SP.

Trouxemos ainda artigos sobre a família que servirão de fundamentação e reflexão para a nossa prática pedagógica, a exemplo de A arte de educar, do presidente da Escola de Pais em Campina Grande e em Pernambuco, Antônio Nunes, que apresenta a família como o “santuário da vida”, considerada a primeira escola; Escolas de pais em ação, que nos abriu uma oportunidade de criar um laço de amizade para trocas de conhecimento sobre família e de como ajudar pais e educadores a compreendê-la melhor; Aprender a falar em família, de Fernando Pascal; As façanhas do adulto infantilizado, de Armando Correa de Siqueira Neto; Construção familiar, uma tarefa permanente, de Patrícia Isabella; Família eh! Família ah! Família…, de Bráulio de Araújo Silva; Família, espaço de entreajuda, de Frei Almir R. Guimarães; Atitudes que favorecem o sucesso dos filhos, de Antônio Carlos Gomes da Costa e Odelis Bastos; Marketing, pais e filhos, de André Pessoa; O amor conjugal como determinante da qualidade de vida familiar, de Maria Rita d’Angelo Seixas; e Partem caravelas, de Paulo Geraldo.

Na seção Lá vem história…, Brasinha — raivas são tristezas, contamos a história de um peixinho que, como nossos alunos, traz para a sala de aula toda a agressividade adquirida em casa, simplesmente pela falta de diálogo. Esse diálogo que, muitas vezes, poderia facilitar uma harmonia no contexto familiar, mas que vive esquecido.

A luta é grande, mas não podemos esquecer que o nosso maior tesouro não é o dinheiro, e sim os nossos filhos. A maior prioridade não é comprar um carro mais novo, mas criar os nossos filhos na disciplina e na admoestação do Senhor. Nenhum sucesso compensa o fracasso da nossa família. Nenhuma riqueza compensa a perda dos filhos. Nenhum sacrifício é grande demais quando se trata de salvar os próprios filhos.

Devemos acreditar numa mudança. Ainda há ESPERANÇA.

Um grande abraço fraterno,