Edição 34

Editorial

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No nosso meio educacional, existem muitas expressões que nos são ditas ou citadas quase que diariamente, como conhecimento prévio; conceitos atitudinais, conceituais e procedimentais; PCNs; referenciais infantis;
aprendizagem significativa, entre outras. Então, resolvemos parar um pouco e perguntar a você, educador/educadora:

Afinal, o que você entende por Aprendizagem Significativa?

Segundo David Ausubel, criador da Teoria da Aprendizagem Significativa, “Para que ocorra a aprendizagem, é necessário partir daquilo que o aluno já sabe, e os professores deveriam criar situações didáticas com a finalidade de descobrir esse conhecimento — definido por ele como conhecimento prévio —, que serve de suporte para os novos conhecimentos que serão adquiridos e construídos”.

Para ocorrer a aprendizagem significativa, é preciso satisfazer duas condições:
a. O aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o material arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica.
b. O material a ser aprendido tem de ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem de ser lógica e psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da natureza do material, e o psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos materiais que têm significado ou não para si próprio. O papel do professor passa a ser de estimulador, e não centralizador do conhecimento.

Para nos ajudar a compreender e construir nossos conhecimentos sobre Aprendizagem Significativa, temos o prazer de compartilhar com vocês artigos do Mestre Ronny Machado Moraes, da Doutora em Educação Kátia Stocco Smole e do professor Vicente Martins, com o seu artigo Como desenvolver a capacidade de aprender.

Trouxemos ainda outros artigos importantíssimos para uma prática pedagógica mais significativa, como o de Alessandra Medeiros, Por um projeto melhor; o das professoras Ellen Suzi Cavalcanti, Fátima Cruz e Micheline Dias, Argila como fonte de conhecimento: uma experiência interdisciplinar; o de Márcia Elizabeth de Araújo e Gleice Maria Carvalho de Lira, Projeto Música na Escola; o de Judite Maria de Santana Silva, Festa Junina; e o projeto didático da Escola Lápis de Cor, Arte, um caminho para a observação, do artista Guilherme da Fonte.

O livro da vez é de um grande e talentoso desenhista, André Neves, que nos deixa muito felizes com A Caligrafia de Dona Sofia.

E, finalmente, para abrilhantar ainda mais nossa revista, trouxemos o artigo de Rubem Alves, Gaiolas e Asas, afirmando que “Há escolas que são gaiolas e outras que são asas”.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte de voar. Já as escolas que são asas amam os pássaros em vôo, pois acreditam que não podem ensiná-lo, porque ele já nasce com os pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

A você, educador/educadora, deixo a certeza de que, depois de uma reflexão sobre Aprendizagem Significativa, possamos deixar nossas gaiolas sempre abertas (salas de aula) para que, juntos com os(as) nossos(as) alunos(as), consigamos alçar vôo, já que temos a consciência de que só precisamos encorajá-los.

Um grande abraço fraterno,

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