Edição 65

Editorial

Editorial

Prezado Educador/Prezada Educadora,

Como educadores(as), falamos que nossos alunos vêm para a escola sem alguns valores que deveriam ser ensinados pela família, e não pela escola. Mas acredito que o que puder ser feito para desencorajar esse tipo de atitude e pensamento deve ser feito, e já. Por melhores que sejam as notas de um aluno, se ele não tiver respeito pelos outros e discernimento do que realmente importa, de nada adiantará.

Tive a alegria de compartilhar com minha filha, em sua festa junina, no Colégio Motivo, no Recife, um evento que poderia ser apenas social, mas acabou se tornando solidário. Digo isso porque, antigamente, o rei e a rainha do milho, nas festas juninas, eram aqueles que conseguiam vender mais bilhetes e, consequentemente, atrair mais dinheiro para melhorias na escola. Nesse evento, foram apresentados o rei e a rainha do milho, mas não houve venda de bilhetes, e sim uma campanha de arrecadação de alimentos para um centro social de crianças carentes. Foram arrecadadas cinco toneladas de alimento e 400 litros de água mineral.

Percebi, na alegria, no entusiasmo daqueles jovens de Ensino Médio, uma grande diferença: um não ao individualismo e um sim a uma prática solidária.

São os jovens que estão saindo do Ensino Médio para as universidades que fizeram com que essa prática fosse visível em suas ações. Uma atitude de solidariedade do colégio fez com que esses jovens, que anseiam por mudanças, resgatassem a importância desse valor.

Então, educadores(as), não desistam de investir numa prática de valores em sua sala de aula. Ajudem a família a educar e formar gente. Diante de toda a sua prática, não fiquem tristes quando ouvirem seu aluno dizer “Minha mãe disse para não emprestar meu lápis”. Mostrem em sua prática que isso não alegra os nossos corações.

Enfim, queridos(as) educadores(as), pratiquem a solidariedade com seus alunos, pois só assim podemos tentar acabar com o perigo do individualismo.

Um grande abraço.

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