Editorial

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Prezada Educadora,

“Goool, goool… É do Brasil! CAMPEÃO!”

Essas são as palavras tão desejadas por todos os brasileiros.

Nosso país — como em algumas casas, em que, para receber as visitas, empurra-se tudo no guarda-roupa, nos armários, nas gavetas — está pronto para receber nossos ilustres convidados para realizarmos uma grande Copa.

É assim que vejo hoje o Brasil. Tudo engavetado, encaixotado, precisando ser arrumado para os visitantes. Como nessas casas, corremos um grande risco: se abrirmos as portas sem cuidado, deixamos cair tudo de vez. Corremos o risco de precisar arrumar as coisas com a casa cheia. É muito complicado.

A ideia de sediarmos uma Copa do Mundo nos deixa felizes e ao mesmo tempo preocupados. O Brasil vai parar para a Copa em ano de eleições, o que parece ser muita coisa ao mesmo tempo. Mas, já que não temos como mudar o que está posto, precisamos fazer o melhor por nosso país, assumindo nosso papel de anfitrião, como aquelas mães que, mesmo quando os filhos estão errados, lutam, choram e vibram por cada acerto e dizem de alma lavada: “É meu filho!”.

Enfim, que tenhamos esse espírito de luta para que tudo dê certo e para que não haja incidentes com nossos visitantes. Que a Copa do Mundo do Brasil seja um período abençoado.

Um grande abraço.