Edição 21

Matérias Especiais

Margarida Maria Alves, um exemplo de mulher guerreira

Margarida Maria Alves (1943–1983), presidente do Sindicato de Alagoa Grande (PB), primeira mulher a ocupar esse cargo no Estado, foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural.

Como presidente do Sindicato de Alagoa Grande, na Paraíba, ela exigiu que os fazendeiros concedessem aos bóias-frias e trabalhadores rurais os mesmos direitos que os operários tinham conquistado nas fábricas: registro em carteira; jornada de oito horas, com pagamento de horas extras; 13º salário; férias. Em sua gestão de doze anos, foram movidas mais de seiscentas ações trabalhistas contra os usineiros e senhores de engenho da região. Com o surgimento do Plano Nacional de Reforma Agrária, os latifundiários intensificaram a violência no campo. No dia 12 de agosto de 1983, pistoleiros mataram Margarida na porta de sua casa com um tiro no rosto, diante de seu filho de dez anos, a mando de um fazendeiro.

Margarida Maria Alves dizia: “Se a gente morrer nesta luta, o sangue será uma semente. Vamos conquistar a justiça! A história não falha, nós vamos ganhar”.

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Dia Internacional da Mulher 
8 de Março

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