Edição 05

Matérias Especiais

Negrinho do Pastoreio

Lenda muito popular no Rio Grande do Sul, principalmente na zona pastoril, cultivada também em outros estados, chegando até o sul de São Paulo.

Conta a lenda que um pequeno negrinho, escravo, negligenciou seus deveres de pastor e deixou extraviar-se e por fim perder-se uma tropa de cavalos baios que estava aos seus cuidados.

Seu senhor, um estancieiro rico, avarento e perverso, ao saber da perda, não teve dúvida: mandou surrar o negrinho até não poder mais. Todo ensangüentado, seu corpo, suprema maldade, foi jogado na panela de imenso formigueiro, onde o pequeno escravo faleceu.

A partir daí, segundo a lenda, reapareceu, sempre montado em um cavalo baio, conduzindo a tropa perdida, cavalgando pelas planícies. Vê-se o negrinho e seu cavalo, mas da tropa só se ouve o tropel e alguns relinchos.

Como todo aquele que não é batizado, ele é afilhado de Nossa Senhora e a quem lhe prometer velas ele ajuda a achar tudo que foi perdido, assim como, finalmente, achou a tropa perdida de baios.

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