Edição 49

Matérias Especiais

O papel do diretor

É possível fazer uma comparação entre o trabalho de um maestro e o de um diretor de escola. Ambos são líderes e regem uma equipe. O primeiro segue a partitura e é responsável pelo andamento e pela dinâmica da música. O segundo administra leis e normas e cuida da dinâmica escolar. Os dois servem ao público, mas a plateia do “regente-diretor” não se restringe a bater palmas ou vaiar. Ela é formada por uma comunidade que participa da cena educacional.

Mais do que um administrador que cuida de orçamentos, calendários, vagas e materiais, quem dirige a escola precisa ser um educador. E isso significa estar ligado ao cotidiano da sala de aula, conhecer alunos, professores e pais. Só assim ele se torna um líder, e não apenas alguém com autoridade burocrática. Para Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo e consultor, há três perfis básicos nessa função:

O administrador escolar – Mantém a escola dentro das normas do sistema educacional, segue portarias e instruções e é exigente no cumprimento de prazos.

O pedagógico – Valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação pedagógica e cria oportunidades de capacitação para os docentes.

O sociocomunitário – Preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.

Como é muito difícil ter todas essas características, o importante é saber equilibrá-las,com colaboradores que tenham talentos complementares. Delegar e liderar devem ser as palavras de ordem. E mais: o bom diretor indica caminhos, é sensível às necessidades da comunidade, desenvolve talentos, facilita o trabalho da equipe e, é claro, resolve problemas.

O que o diretor faz:

• Incentiva iniciativas inovadoras.
• Elabora planos diários e de longo prazo visando à melhoria da escola.
• Gerencia os recursos financeiros e humanos.
• Assegura a participação da comunidade na escola.
• Identifica as necessidades da instituição e busca soluções.

Fonte: Revista Nova Escola. São Paulo, 2003.

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