Edição 38

Matérias Especiais

Pensamentos… que NOS fazem REFLETIR SOBRE a educação

“Uma das principais estratégias de dominação em nossa sociedade é fazer com que não olhemos para nós mesmos com realismo. O poder sempre faz com que pensemos que nossos desejos e nossas necessidades são aqueles proclamados pelos meios de comunicação e repetidos pela maioria. Mas, quando a pessoa olha para si mesma de forma consciente e refletida, percebe quais são seus verdadeiros desejos e suas necessidades, deixando de ser facilmente manipulável pelo poder.”

“A primeira etapa em nosso percurso para ver a realidade nos levará a ver a nós mesmos como pessoas humanas. Quem somos nós? O que nos aflige? Quais são nossos verdadeiros desejos? Para isso, procuraremos fazer uma ‘investigação existencial’ sobre nós mesmos. A partir daí, nosso VER irá se expandindo, para compreender como, em nossa sociedade, articulam-se os fatores que favorecem a cultura da vida e os que nos levam à morte.”

“A principal manifestação daquele desejo de felicidade, presente em todos nós, é o desejo de ‘amar e ser amado’. Mesmo quando parece que buscamos outras coisas, vemos que, no fundo, o amor é nosso objetivo último e que os demais objetivos são caminhos para se chegar ao amor ou tentativas de fugir dessa necessidade maior.”

“A forma como vemos a pessoa, as relações afetivas e a vida humana é determinada pelos valores por meio dos quais organizamos nossas vidas. Quando procuramos entender quais são os valores que organizam nossa existência na sociedade atual, vemos que aqueles determinantes são, de um lado, a autonomia do indivíduo (freqüentemente identificada como a liberdade); e, de outro, o êxito, o sucesso individual.”

“Buscando apenas o próprio êxito e a própria autonomia individualista, as pessoas têm dificuldade de olhar para o outro, de cultivar o afeto e a solidariedade. Por isso, o individualismo também é uma marca do nosso tempo e se aprofunda a cada dia, até mesmo nos meios familiares e eclesiais. No contexto das relações afetivas, o individualismo vai minando a capacidade de doação ao outro e compromete as relações familiares, a amizade e a vida comunitária. No contexto da vida pública, ele reduz a participação político-social, pois relativiza a importância do bem comum como princípio ético, além de deixar de lado a preocupação com o sofrimento humano, tornando o coração insensível e incapaz de exercer a caridade.”

pensamentos

Fonte: Textos retirados da Campanha da Fraternidade 2008: Texto-base / Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. – São Paulo: Editora Salesiana, 2008. p. 16, 18, 20 e 21.

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