Edição 18
Espaço pedagógico
Escola Pontual
A Escola Pontual está situada à Rua Marechal Manoel Luiz Osório, nº 495, na Cidade Universitária, no Recife, e é mantida por uma entidade particular.
Temos como princípio filosófico a formação para a cidadania, entendendo essa formação como exercício cotidiano de apropriação de direitos sociais conquistados e construção de formas de interação entre pessoas e grupos, objetivando o sentido coletivo de qualidade de vida para todos. Assim, fazem parte do cotidiano da escola a sistematização do conhecimento e o processo de humanização, resgatando o lúdico, o espontâneo e o prazer como fonte de respeito incondicional ao ser humano, ao seu desenvolvimento pessoal e coletivo.
A escola compreende o currículo como a organização de um conjunto de áreas de conhecimento articuladas e integradas entre si, que constitui um determinado itinerário informativo e formativo.
Este ano, elegemos o tema Direitos Humanos como eixo norteador de nossos projetos de trabalho.
Consideramos importante expandir valores universais que se realizam com as características da nossa cultura, pois toda ação educativa deve ser referenciada pela nossa vida cotidiana, justamente se pretendemos mudanças e transformações sociais. Devemos compreender a complexidade do cotidiano no qual estamos inseridos, tendo a consciência dos direitos e das responsabilidades próprios de todo e qualquer ser humano.
Buscamos, pedagogicamente, desenvolver nas crianças a consciência dos Direitos Humanos, na perspectiva de mudança na cultura de violação dos mesmos.
Estruturamos o tema norteador, adaptado para o nível de cada grupo, em subtemas específicos, organizando-os da seguinte forma:
Meio Ambiente – Grupos II e III (manhã e tarde)
Desenvolvemos o trabalho com a idéia de construir, com as crianças, uma consciência sobre o meio em que vivemos, reconhecendo-nos como parte do mesmo. A partir dessa consciência, contribuir para o desenvolvimento de atitudes de respeito e preservação.
Um passeio ao zoológico e ao Parque da Jaqueira foi uma das formas que encontramos de trabalhar determinados conceitos com as crianças, que já possuíam um conhecimento relativo sobre animais e plantas. O interesse das crianças nos permitiu fazer as relações de interdependência entre os seres vivos e o meio ambiente. Nesse percurso, temos certeza de que houve muitas descobertas e aprendizagens, além de inúmeros avanços.
Professoras Regilane Magalhães e Niedja Campelo
Vivendo em meio às diferenças – Grupo IV (manhã e tarde)
Refletimos sobre a necessidade de discutir os valores de igualdade e respeito entre as pessoas. Dentro da nossa realidade, encontramos diferentes raças e culturas, portanto, tivemos possibilidades de desenvolver um trabalho de humanização que favoreceu o respeito, a colaboração, a ética, a solidariedade, a tolerância, bem como a autonomia das crianças.
O projeto nos favoreceu com inúmeras experiências. Um dos momentos mais significativos foi a nossa aula de campo no Museu do Homem do Nordeste, quando as crianças surpreenderam os monitores com suas intervenções acerca do conhecimento que revelaram sobre a diversidade de nossa cultura e suas manifestações.
Professoras Letícia Beatriz da Silva e Jacyara Galvão
A minha, a sua e a nossa cultura – Grupo V
Valorizar a diversidade da nossa cultura, permitindo o acesso a ela, na perspectiva de se reconhecer e se identificar enquanto sujeito histórico e social que deve produzir e preservar sua cultura, além de participar dela. Destacamos, ainda, as manifestações culturais enquanto valor simbólico e explicativo de diferentes formas de vida.
Professora Luciana Souza
Ler rima com viver – Grupo VI
O nosso objetivo foi que os alunos descobrissem caminhos, conhecessem e reconhecessem o mundo a partir do acesso à escrita e à leitura, favorecendo o contato com uma diversidade de textos para que descobrissem a função social da nossa língua. Apropriando-se do código lingüístico e tornando-se um usuário da leitura e da escrita, o indivíduo pode se tornar também um ser na sua totalidade, um cidadão com perfeito domínio dos símbolos da comunicação humana, num processo de interação social, argumentação e visão crítica da realidade. Dessa forma, o processo de alfabetização vai sendo trabalhado de forma contextualizada e de forma interdisciplinar, contando com a participação e o interesse das crianças.
Professoras Viviane Almeida e Ana Beatriz da Silva
Consumir, e não ser consumido – 1ª e 2ª séries
Despertar, em nossos alunos, uma consciência crítico-construtiva e formadora de opiniões sobre a importância de consumir com responsabilidade, refletindo sobre o apelo do mercado e as conseqüências do consumo desenfreado, foi a nossa proposta de trabalho para essas turmas.
No percurso do trabalho, além de outras atividades — como pesquisas de campo, entrevistas e debates —, montamos, em nossa sala de aula, um acervo de brinquedos confeccionados com sucata pelos próprios alunos, incentivando a cooperação, o respeito e a solidariedade. Resgatamos, do baú dos pais e avós, o prazer de criar e recriar os brinquedos que fazem parte do imaginário infantil.
Professoras Gertrudes Araújo e Adriana Lopes
Na perspectiva de preservar os Direitos Humanos quanto às suas tradições e aos seus costumes, resgatando as marcas da construção cultural popular, privilegiamos, no mês de agosto, o desenvolvimento de estudos e pesquisas acerca desse assunto, percebendo o homem enquanto ser social que cria essa cultura no seu contexto de vida. Dessa forma, realizamos a nossa IV Feira Cultural, no câmpus da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, com o objetivo de divulgar os trabalhos que foram produzidos pelos alunos da escola.
Abordamos o referido tema com a preocupação de não tratar a cultura popular como exótica, extravagante e pitoresca. Reconhecemos a cultura como o modo de vida de um povo, percebendo como esse povo se organiza, como produz, e como essa produção vem garantindo sua sobrevivência, suas tradições e sua identidade.
O evento possibilitou, também, a troca de experiências num espaço maior de socialização, envolvendo as diversas turmas, os professores, pais, convidados e artistas anônimos da comunidade da Várzea, que não têm oportunidade de divulgar suas produções artísticas. A idéia foi incentivar a participação de profissionais que vivem no anonimato e que têm tanto a contribuir com nosso cenário cultural, com o objetivo de garantir uma melhor qualidade de vida para todos.
Os temas, por estarem estritamente vinculados à totalidade do cotidiano dos alunos, permeiam todos os segmentos da vida, direta ou indiretamente. Perpassam, então, todas as áreas de conhecimento.
Vilma Maria Lins Lita – Coordenadora pedagógica
Diretora: Fabiana Mendonça Malta Coelho.
Graduação: Licenciatura Plena em Pedagogia
Coordenadora: Vilma Maria Lins Lira.
Graduação: Licenciatura Plena em Pedagogia
Escola Pontual
Rua Marechal Luiz Osório, 495, Cidade Universitária – Recife/PE
Fones: 3271.4616 / 3273.4425 / E-mail: escolapontual@uol.com.br