Edição 61

Projeto Didático

Filhos da Terra – O índio e suas raízes

Colégio Nossa Senhora de Fátima

Lema: O índio e suas raízes

“Entender o índio, entender sua cultura e respeitá-lo, implica despir-nos desta nossa civilização.”

Público-alvo: 1º ao 5º ano – Educação Fundamental I

Duração: Um semestre

Culminância: 26 de novembro – Noite artística cultural

Cunho social: Campanha para doação de objetos diversos para a Casa de Acolhimento Maria Mãe de Deus (Casa do Câncer), interligando os dois projetos (Projeto Bem Viver e Projeto Filhos da Terra), cujo objetivo maior é proporcionar uma vida mais digna aos Filhos da Terra.

Justificativa

Com a aprovação da Lei nº 11.465/08, tornou-se obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-
-brasileira e Indígena no currículo oficial da rede de ensino nacional. Assim, os alunos poderão conhecer o processo de construção da Nação brasileira, o passado e, consequentemente, o presente.

O Projeto Filhos da Terra tem por base e questão fundamental pensar a cidadania indígena brasileira e conhecer mais detalhadamente a sua cultura, a fim de que todos possam superar a própria noção limitada e etnocêntrica de cidadania, entendida como direitos e deveres comuns a indivíduos que partilham os mesmos símbolos e valores nacionais.

As histórias e culturas dos povos indígenas devem ser tratadas em diferentes perspectivas, valorizando tanto aspectos do passado e os saberes tradicionais como a presença desses povos no cenário brasileiro da atualidade.

É papel da escola apresentar o passado indígena e a situação atual para garantir o direito de reconhecimento dessas populações como grupos distintos e possuidores de tradições que compõem o patrimônio da humanidade. E mais que isso. Ao mostrar a verdadeira história e a real característica dos índios, a escola estará construindo uma sociedade mais atenta à justiça e que respeita e conhece suas práticas culturais, linguísticas, religiosas e sociais.
Objetivo geral

Pensar a cidadania indígena brasileira, informar-se para conhecer mais detalhadamente a sua cultura e, sobretudo, incentivar os alunos a combater o preconceito e a intolerância a esse grupo étnico, cuja imagem está sempre atrelada à vida selvagem e primitiva, à preguiça e à vida bucólica do campo.

Objetivos conceituais

Analisar a história dos povos indígenas segundo diferentes pontos de vista.
Trabalhar com coordenadas geográficas.
Identificar grupos indígenas que habitavam o Brasil.
Observar as diferentes vegetações e os climas existentes no Brasil.
Conhecer as diversas armas indígenas e identificar suas possíveis utilizações.
Discutir as diferentes visões existentes sobre os índios.
Reconhecer as diferentes estruturas das aldeias.
Conhecer a sua cultura nos diversos aspectos: medicina natural, arte, costumes, etc.
Analisar a importância da mandioca na alimentação indígena.
Perceber a diversidade de povos indígenas e seus idiomas.
Analisar os troncos linguísticos.
Conhecer alguns mitos indígenas.
Observar algumas características de diferentes tribos, como os baniuas, os guajajaras, os caingangues, os caiapós, os macuxis, os saterés-maués, os terenas, os ticunas, os xavantes, os ianomâmis e os guaranis.

Objetivos procedimentais

Conhecer a origem do nome índio.
Identificar as expedições marítimas.
Localizar dados no mapa do Brasil.
Construir maquete de uma aldeia típica do Planalto Central.
Fazer a receita de beiju.
Construir um mapa temático com os diferentes povos encontrados no Brasil e suas respectivas línguas.
Ilustrar, desenhar e encenar mitos indígenas.
Confeccionar objetos indígenas.
Observar e realizar pinturas indígenas.
Demonstrar a utilidade e os benefícios das plantas medicinais já usadas pelos índios antigamente.

Objetivos atitudinais

Respeitar diferentes culturas ao aprender a escutar, dialogar e argumentar.
Interessar-se pela história indígena e respeitar esses povos.
Sensibilizar-se com as dificuldades enfrentadas pela minoria dos índios existentes no País.
Trocar ideias e respeitar a percepção do outro.
Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos.

Procedimentos metodológicos

Pesquisas sobre as manifestações culturais e indígenas de cada região.
Leitura de diferentes lendas, receitas de comidas típicas e textos informativos sobre aspectos físicos e culturais de diferentes tribos.
Socialização dos entendimentos sobre as pesquisas realizadas.
Montagem de murais.
Confecção de maquetes e cartazes.
Produções textuais como recontos.
Trabalho com músicas indígenas relacionadas a cada tribo e situação.
Dramatizações de lendas.
Apresentações de danças indígenas de acordo com seus simbolismos.
Trabalhos de arte.
Atividades escritas e fotocopiadas em cadernos, livros e atividades orais.
Desenhos.
Brincadeiras e jogos indígenas.
Divulgação de receitas.
Confecção de panfletos informativos sobre o uso das plantas na medicina caseira.
Exposição de trabalhos no dia a dia e na culminância.
Trabalhos artesanais com argila.
Apresentação de costumes familiares indígenas.

Avaliação

Os alunos serão avaliados quantitativa e qualitativamente sob diversos aspectos, como:

Em produções escritas.
Na confecção de álbuns, murais e cartazes.
Nas pesquisas realizadas.
Nas apresentações.
No cumprimento das atividades solicitadas.
No interesse, na participação e na responsabilidade com os trabalhos.
Em autoavaliação.
Em trabalhos manuais com argila.
Nos aspectos criativos no decorrer de todo o trabalho.
Por meio de atividades avaliativas escritas.

Considerações finais

O Ensino Fundamental permite que as áreas se incorporem umas às outras e que o aluno seja o principal agente das relações entre as diversas disciplinas se nós, educadores, estivermos abertos para as relações que ele faz por si. Os projetos devem buscar nexos na seleção de conteúdos mais reais, enquanto as relações entre os distintos conhecimentos são realizadas pelo aluno. Cabe à escola dar-lhe essa oportunidade.

O Projeto Filhos da Terra tem como objetivo e meta principais proporcionar e contribuir para a relação interdisciplinar, envolvendo ações de conhecimentos interligados e permitindo o trabalho com os conteúdos necessários a serem abordados em cada grau de escolaridade.

Assim, esperamos estar contribuindo, de forma relevante, para que profundas e imprescindíveis transformações, há muito desejadas, se façam no nosso panorama educacional e posicionem o professor como o principal agente nessa grande batalha que é o processo de formação do povo brasileiro.

Corpo docente

Direção
Irmã Maria Cristina de Oliveira Freitas

Coordenação Pedagógica
Maria de Fátima Fróes

Professores

1º ano
Maria Angélica de Oliveira Melo
Maria Aparecida Fonseca
Alessandra Ferraz Penalva da Silva
Lucelle Rocha Alves Ferraz

2º ano
Neilca Santana Prates Pinheiro
Siméia da Silva Carvalho
Weruska Velame Dias Quadros Souto
Cláudia Viviane Cardoso Pacheco

3º ano
Marizaura Souza Dutra
Luciana de Souza Santana
Rita de Cássia Borges Maia
Maria da Conceição de Oliveira Barros

4º ano
Maria Neide Xavier Figueiredo
Gilvanete Machado Silva
Jeanne do Espírito Santo Silva
Luciana Silva Pinheiro da Cunha

Educação Física
Saulo das Neves Meira
Abdon Lopes da Gama Filho

Ensino Religioso
Dayse Duarte Dias
Edenísia Fraga de Souza Correia

Língua Inglesa
Érika de Oliveira Silveira
Simone de Andrade Mármore

cubos