Edição 17

Projeto Didático

Os Símbolos Olímpicos

Tochaolimpiada02

Nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, no altar dedicado a Zeus, havia um fogo sagrado que era mantido aceso durante toda a competição. Para se lembrar desse ritual, em 1936, uma tocha foi acesa na Grécia e transportada até Berlim (Alemanha).

Atualmente, o fogo é aceso nas ruínas de Olímpia, na Grécia, pela reflexão de raios de sol num espelho curvo. Um corredor grego recebe a tocha acesa das mãos de uma jovem vestida com uma túnica branca, representando as antigas sacerdotisas gregas. Da Grécia, a tocha olímpica parte em direção à cidade-sede dos Jogos. O último atleta, aquele que empunhará a pira, deve ser do país anfitrião. A pira, como antigamente, fica acesa até o encerramento dos Jogos.

A Bandeira

A bandeira olímpica, toda branca, traz cinco anéis entrelaçados. Foi hasteada pela primeira vez nas Olimpíadas de 1920, em Antuérpia (Bélgica). Os anéis, um de cada cor, representam os continentes: azul é a Europa; amarelo, Ásia; preto, África; verde, Oceania; e vermelho, América. Pelo menos uma das cinco cores está presente na bandeira de qualquer país.

O Juramento dos Atletas

Herdado da Grécia Antiga, o juramento olímpico é obrigatório no ritual das Olimpíadas. Na Antigüidade, os atletas juravam ser de descendência helênica, não cometer qualquer crime civil ou religioso, efetuar preparação em um ginásio e não recorrer à astúcia durante a competição. O texto atual diz: Em nome de todos os participantes, prometo que participaremos destes Jogos Olímpicos respeitando e cumprindo seus regulamentos, com autêntico espírito esportivo, para maior glória do esporte e honra de nossas equipes.

As Mascotes

A primeira mascote olímpica, Wald, um cão basset, surgiu nos Jogos de Munique, na Alemanha, em 1972, para divulgar os Jogos Olímpicos. Em 1976, foi a vez do castor Amik representar as Olimpíadas de Montreal (Canadá). Mas as mascotes somente conquistaram o posto de símbolo olímpico em 1980, em Moscou, na antiga União Soviética, com o urso Misha, que encantou o mundo todo.

olimpiada01
Na esteira do sucesso de Misha, as mascotes viraram um bom negócio. Nas Olimpíadas seguintes, em 1984, o símbolo de Los Angeles era Sam, uma águia. Com o licenciamento de Sam, a imagem da mascote foi utilizada em camisetas, bonés e em todas as formas possíveis de merchandising. Os Jogos de Los Angeles foram marcados por obter um dos maiores lucros da história das Olimpíadas.

A figura dourada do tigre Hodori, mascote das Olimpíadas de Seul (Coréia do Sul), foi divulgada pelo mundo, abraçada a crianças, o que provocou uma epidemia de colecionadores.

Nos Jogos de Barcelona, cidade da Espanha, o artista Javier Mariscal criou o cachorro Cobi, que acabou virando desenho esportivo. Já Izzy, um bichinho esquisito, azul e de olhos esbugalhados, quase não apareceu nos Jogos de Atlanta (EUA), em 1996. O nome original de Izzy era “Whatzit”, que, em português, significa “O que é isso?”

Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, houve três mascotes representando as Olimpíadas. Os símbolos olímpicos de Sydney (2000) foram Millie, Olly e Syd, que foram inspirados na fauna australiana. Seus nomes derivam das palavras: milênio, Olimpíadas e Sydney.

Os irmãos Phevos e Athena são as mascotes oficiais das Olimpíadas de 2004. Sua criação foi inspirada em uma boneca grega antiga, e seus nomes, ligados à Grécia Antiga; no entanto, os dois representam crianças da época moderna.

Os nomes são de origem de dois deuses de Olimpo: Phevos, nome do Deus do Olimpo que representa a luz e a música, conhecido como Apolo. Athena, deusa da sabedoria e patrona da cidade de Atenas. Dessa maneira, Phevos e Athena representam a ligação entre a história grega e os jogos olímpicos modernos, como também os valores olímpicos: participação, fraternidade, igualdade, cooperação e justiça. Athena e Phevos são dois bonecos. Lembram-nos do prazer de participar dos jogos; destacam que o valor da participação é mais elevado do que o valor da vitória.

Ao mesmo tempo, são irmãos, um menino e uma menina, símbolos da igualdade e da fraternidade em torno do mundo. As crianças nos mostram sobretudo o valor grego na humanidade e lembram-nos de que a humanidade estava, está e permanecerá no coração dos Jogos Olímpicos.

cubos