Edição 103

Como mãe, como educadora, como cidadã

Se você mudar suas palavras, com certeza ajudará a mudar o mundo

Acreditamos (e esperamos) que todo educador sonhe em formar cidadãos críticos, autônomos, capazes de tomar boas decisões e, principalmente, em ver esses alunos felizes, realizados e fazendo outras pessoas felizes, mas algumas vezes não é assim em sua prática.

Há algum tempo, venho estudando o poder das palavras e como elas podem fazer a diferença na vida de qualquer pessoa, pois sabemos que, se você acredita que o que você diz vai acontecer, isso acontece, seja o que for que você fale, aquilo em que você acredita é estabelecido, seja bom ou ruim. As palavras têm tanto poder que, no momento em que começamos a reclamar, nós estamos literalmente criando realidades e identidades negativas, então a negatividade precisa sair de nossa fala. O mundo precisa de mais pessoas com mensagem de esperança, já que somos bombardeados com negatividade intensamente, o tempo todo.

Diante desse estudo, venho conversando com professores, perguntando se eles dizem palavras negativas em sala de aula. Alguns disseram que sim, principalmente em meio ao estresse. Tive a curiosidade de saber quais palavras eram ditas e selecionei algumas aqui:

— Que peste de menino é essa!

— Que desgraça franciscana é essa!

— Não, meu filho, você realmente não aprende.

— Você herdou de quem tanta…?

— Você parece um bocó de mola.

— Sabe o que é isso? O preço da desobediência.

— Você só quer moleza, mamar na vaca você não quer.

— Você é só a graça, que nem de graça presta.

— Bonitinho da carroça…

— Imagine você com a professora do próximo ano. Você é sua mão.

— Você nunca vai ser ninguém na vida.

Essas são algumas entre tantas que registrei.
As palavras que falamos nos governam.

É impossível ter um vocabulário negativo e ser uma pessoa positiva. Para que você encontre e cultive a sua identidade positiva, você precisa fazer uma limpeza de dentro para fora, precisamos desaprender parte de nosso vocabulário e mudar nossos padrões de pensamentos.

Nossos alunos precisam memorizar e enraizar palavras poderosas necessárias para uma autoestima saudável. Por isso, professor(a), é tão importante ter cuidado com o que falamos para nossos alunos.

Lembre-se: a boca só fala daquilo que o coração está cheio.

Se enchermos nosso coração de palavras poderosas, faremos uma grande diferença para as pessoas que estão no nosso meio. Devemos ser rápidos, o mundo precisa de pessoas como eu e você.

Eu, Zeneide, vejo, ouço, sinto e sei que posso mudar minha vida por me amar demais”. Esse é um mantra que eu sempre repito e me faz bem.
Abraço fraterno.

cubos