Edição 80
Matérias Especiais
Uma palavra aos educadores
Maria Mônica Pimentel Pinto
Amélia Maria Brito de Albuquerque
(Pastoral da Educação – CNBB NE)
Prezado(a) Educador(a),
O tema da Campanha da Fraternidade de 2015, Fraternidade: Igreja e Sociedade, insere-se no contexto da celebração dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, que representa até hoje luzes sobre a caminhada da Igreja no Brasil e das sociedades. O lema que a inspira é: Eu vim para servir (cf. Mc 10.45).
A grande novidade deste ano é que a própria Igreja se vê como sujeito da Campanha em sua relação com a sociedade, o que vai abrir perspectivas de reflexão sobre o ser Igreja no mundo de hoje. O Concílio tratou da relação da Igreja com a sociedade numa postura de diálogo com base na dignidade da pessoa humana.
Essa campanha está a exigir de nós um estudo mais aprofundado sobre a caminhada da Igreja nos últimos 50 anos. Recomenda-se, então, uma leitura sobre os documentos conciliares, principalmente sobre a Constituição Pastoral, a Gaudium et Spes (sobre a Igreja no mundo) e a Lumen Gentium (luz para os povos).
Tomando como inspiração os documentos acima citados e o texto-base da Campanha, este subsídio apresenta cinco encontros que refletem temas voltados para a vida humana numa relação de fé.
Durante a Quaresma, tempo forte da Campanha da Fraternidade, que vai da Quarta-feira de Cinzas ao Domingo de Ramos, propomos realizar a cada semana um encontro em preparação à Páscoa do Senhor.
Os encontros utilizam a metodologia do Ver, Julgar e Agir, objetivando o conhecimento da realidade, um juízo de valor à luz da Palavra de Deus e propostas concretas de ação na vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens.
Algumas recomendações são importantes:
• Ler com atenção sobre cada encontro, providenciando, com antecedência, os materiais necessários à sua realização.
• Observar nos textos as palavras desconhecidas e procurar seu significado previamente à exploração do assunto.
• Aprofundar a temática proposta, pesquisando no texto-base, na Palavra de Deus, em outros livros e revistas ou em sites que tratem sobre o assunto.
• Organizar o ambiente de forma a torná-lo agradável, promovendo a participação de todos.
• Distribuir as tarefas, favorecendo o envolvimento e o compromisso do grupo.
• Avaliar cada encontro quanto à participação do grupo no momento da atividade e da vivência das propostas apresentadas no item Partilhando a vida.
• Motivar todos: alunos, educadores, pais e familiares a participarem do gesto concreto da Campanha da Fraternidade, no Domingo de Ramos, fazendo sua doação para os projetos que serão apoiados pela Igreja em todo o Brasil.
• Pesquisar outros cantos sobre Igreja e sociedade para cantá-los nos encontros.
Essa Campanha trabalha basicamente a construção de valores para o fortalecimento do diálogo entre todos os homens, o que precisa começar desde cedo junto às crianças, aos adolescentes e aos jovens.
A Igreja quer ajudar todos os homens do nosso tempo a aspirarem a uma fraternidade ampla e, impelidos pelo amor, corresponderem com um esforço generoso e comum aos desafios do nosso tempo.
É urgente um futuro onde “[...] haja unidade no necessário, liberdade no que é duvidoso e em tudo caridade”¹.
Lembre-se sempre: formar novos sentimentos de paz faz parte da sua missão como educador.
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Campanha da Fraternidade 2015. Ensino Médio. Brasília: Edições CNBB, 2015.
NOTA
CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Gaudium et Spes, n. 92.