Edição 54
Dicas de leitura
Dicas de leitura

Educar para um outro mundo possível
Para um outro mundo possível, uma outra educação é necessária. Educar para um outro mundo possível é educar para conscientizar, para desalienar, para desfetichizar, para tornar visível o que foi escondido para oprimir. É educar para a emergência do que ainda não é, a utopia. Por isso, educar para um outro mundo possível é também educar para a ruptura, para a rebeldia, para a recusa, para democratizar radicalmente o poder. É educar para a paz, para os direitos humanos, para a justiça social e para a diversidade cultural. É educar para a cidadania planetária.
Editora: Publisher Brasil

Os Mestres de Rousseau
Trata-se, segundo o autor, de uma autorreflexão sobre o sentido da educação, tomando por referencial os três mestres de Rousseau enunciados no início de seu Emílio: o eu (autoformação), os outros (heteroformação) e as coisas (ecoformação). O conceito de autorreflexão (Habermas) é inseparável da educação como procedimento ligado ao interesse emancipatório.
Para o autor, fundamentando-se em Paulo Freire, uma educação emancipadora pressupõe refletir sobre a própria prática. Para isso, recorre ao método autobiográfico, afirmando que a educação precisa centrar-se na vida e que introduzir histórias de vida na escola é introduzir vida na educação.
Editora: Cortez

Pedagogia da Terra
A Pedagogia nos trouxe infindáveis benefícios, conhecimento e comodidades. Permitiu-nos construir uma visão de mundo cujos limites se expandiam espantosamente, parecendo não ter fim, até desvendar uma das mais incontestes verdades com a qual o ser humano se vê obrigado a conviver: a destruição do planeta em que vive.
Diante dessa realidade, o papel da educação é o de redirecionar o olhar da sociedade e incentivá-la a repensar seus valores e entender a importância da ética e o sentido da cidadania planetária. Em outras palavras, a educação do futuro deve ajudar a sociedade humana a perceber os contornos da civilização que está se formando: uma civilização ecológica, na qual a ciência incorpora o modelo de desenvolvimento que se constrói em conjunto com a natureza, e não contra ela.
Torna-se urgente renovar o olhar sobre os propósitos da ciência para reverter o drástico quadro de insustentabilidade do modelo atual de relação do homem consigo mesmo, com o planeta e com o cosmos.
O mundo globalizado, em que o Brasil quer se inserir como um Brasil cidadão, nega-se a submeter o destino de uma sociedade mundial aos interesses da globalização econômica e faz seus primeiros e importantíssimos avanços rumo a criar um forte sentido de unidade entre os povos, de respeito ao semelhante e à diversidade cultural. Um sentido de planetaridade, enfim, em que a Terra é encarada como um ser vivo e inteligente.
Ao nos apresentar a Terra como uma única comunidade, Gadotti nos acena com um novo paradigma para a prática pedagógica e, juntamente com os novos e definitivos conceitos sobre os caminhos da educação, aponta, com Gustavo Cherubine e Natália Bernal, inúmeros exemplos concretos de experiências, sugestões de leitura, bem como propostas de reflexão e aprofundamento sobre o que ele chama de Pedagogia da Terra.
Editora: Peirópolis