Edição 45

Matérias Especiais

É na sala dos professores que surgem grandes ideias!

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Professor que se preza está sempre se reunindo, planejando, trocando ideias e experiências. Foi pensando nisso que a comunidade do Programa Escrevendo o Futuro na Internet criou a Sala dos Professores, uma seção especial que propõe oficinas de leitura e escrita e material de apoio para reuniões pedagógicas. Para se inscrever e participar, basta um clique: http://escrevendo.cenpec.org.br.

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Gêneros textuais na escola

Para organizar o ensino de gêneros textuais de forma que os alunos dominem mais e melhor a língua que falam, é interessante refletir um pouco sobre as razões pelas quais os gêneros têm sido considerados excelentes ferramentas de ensino. É simples: eles são a forma natural pela qual usamos a língua para nos comunicar. Não é possível falar nem um “bom-dia” sem utilizar um gênero textual. Não há comunicação sem os gêneros. Usá-los como instrumentos de ensino na escola dá mais significação aos estudos escolares porque os aproxima da língua que usamos naturalmente em nosso dia a dia, seja em comunicações informais, seja em comunicações formais.

Há momentos em que as comunicações humanas são bem informais: em conversas familiares, nos bate-papos no barzinho, nas conversas de trabalho, nos murmúrios carinhosos dos namorados. São o que chamamos de gêneros primários, pois não precisam ser ensinados na escola, já que são aprendidos no uso diário.

Outros momentos de comunicação humana são mais formais, planejados. É o caso de textos escritos para serem publicados para um grande grupo de leitores, como os jornalísticos; os escritos pelos cientistas para divulgar suas descobertas; ou, ainda, os literários, como os romances, os contos e as crônicas.

Não é só na escrita, porém, que existem situações de comunicação mais formais. Uma palestra, por exemplo, é uma situação detalhadamente planejada de comunicação e, portanto, é mais formal. Uma aula, uma entrevista ou um debate na televisão são planejados em detalhes e, por isso, também são mais formais. Podemos chamar de gêneros secundários os que exigem maior planejamento para serem usados. Precisam ser ensinados na escola para que os alunos possam dominá-los como instrumento de comunicação indispensável para o exercício da cidadania.

Os gêneros secundários são tão numerosos quanto os tipos de situação humana de comunicação planejada que existem. Então, como escolher os que devem ser ensinados na escola?

Muitos estudiosos têm se dedicado a responder a essa questão. Dois desses especialistas, Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly, elaboraram uma tabela com grupos de gêneros (orais e escritos) que devem ser ensinados na escola. Nessa tabela, os autores organizam os gêneros em agrupamentos: narrar, expor, argumentar, instruir e relatar.

Fonte: Na Ponta do Lápis. Almanaque do Programa Escrevendo o Futuro. Ano III. Nº 5. Abril de 2007.

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