Edição 75

Mensagem Final

Memórias de ciranda

Marlene da Conceição de Sousa

pag_64_Dolly_shutterst_optFoste tu, Terezinha de Jesus? Atiraste o pau no gato quando feliz brincava com a Gatinha Parda? A barata se acha mesmo! Vai ver que são pelas saias de filó…

Enquanto isso, no Castelo, Pombinha Branca e seu Francisco, em vigília à Linda Rosa Juvenil, entoam cantigas de ninar:

Desavenças? O cravo brigou com a rosa, a canoa virou, meu boi morreu. Cadê o toucinho que estava aqui? Lá vem, lá vem… Marinheiro só. Um, dois, feijão com arroz. Ciranda, cirandinha… Eu sou pobre, pobre, pobre. Sou laranja menina.

Ligeiramente: gritaria, corre-corre. Chicotinho-queimado. Que susto! Me dirigi à janela que dá para a rua. Olho a calçada vazia, nem mesmo um risco desbotado de giz ou carvão de amarelinha. Ah, se esta rua fosse minha!

Onde estão as crianças? Com o que sonham, afinal?

cubos