Edição 82

Editorial

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Zeneide

Prezado Educador,
Prezada Educadora,

Nesta edição, falaremos de uma situação bem pertinente no âmbito da Educação. Trata-se do absenteísmo, uma realidade vivida no ambiente escolar, apesar de ser pouco conhecida pelo nome. A palavra tem origem do latim, cujo absens significa estar fora; afastado ou ausente. Consiste no ato de se abster de alguma atividade ou função. Logo, absenteísmo docente seria a ausência do professor no processo de trabalho, seja por falta ou atraso, repetida ou prolongada, devida a algum motivo interveniente.

Temos também o presenteísmo, caracterizado pela presença parcial do professor, o que significa estar fisicamente presente no ambiente de trabalho, porém mental e emocionalmente ausente, sem conseguir produzir como deveria, por razões de doença ou problemas pessoais e familiares, ou seja, ele está em sala de aula, mas não desempenha suas atividades de forma satisfatória ou completa. Essa síndrome é mais difícil de ser detectada, visto que o professor não está ausente, embora seu pensamento esteja “fora da escola” por problemas de naturezas diversas: filho doente, crise conjugal, compromissos com a faculdade, entre outros. Podemos considerar que ambos os fenômenos têm como indicador a “ausência”, seja física ou parcial do pensamento (ausência mental ou intelectual, falta de concentração no trabalho).

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Esses fenômenos causam a desvalorização desse profissional em nossa sociedade, embora o cenário nacional sinalize para mudanças por meio dos movimentos de luta por valorização, tanto dos profissionais das escolas da rede pública quanto da privada. Nesses movimentos, os professores expressam insatisfação de toda natureza: negligência por parte de alguns governantes com os recursos que comprometem a qualidade da Educação; má remuneração, que gera conflitos entre professores e gestores no cotidiano escolar, refletindo em todo processo educacional; e falta de, ou pouco, investimento na formação inicial e continuada desses profissionais.

Entendemos que a busca pela valorização do educador inicia-se por cada um que escolheu essa profissão, antes de tudo nobre, por se tratar da base de desenvolvimento de todas as demais profissões. Para isso, prezados educadores e gestores, devemos acreditar em nossa competência para “encaminhar vidas” e esperar, dos governantes e pais, credibilidade, incentivo, apoio e respeito no desempenho de nossas atividades. Sendo assim, substituiremos os fenômenos absenteísmo e presenteísmo por comportamentos moral, ético e de excelência educacional.

Um grande abraço,

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