Baseado em memórias familiares, o diretor palestino Elia Suleiman constrói uma trama aparentemente absurda que narra, com estrema lucidez, os eventos que transformaram o Oriente Médio nas últimas décadas — da criação de Israel à gradual opressão do povo palestino (e suas alternativas, às vezes violentas). O personagem de Suleiman sonha acordado, já que a realidade muitas vezes beira o pesadelo e não parece tangível. Um belo filme, irreverente e nostálgico.