Edição 52

Dicas de filmes

Dicas de Filmes

O Castelo Animado

Feito praticamente todo em animação tradicional, com pouquíssimos e discretíssimos recursos de computação gráfica, o filme nos mostra que ainda é possível inovar e trazer beleza e encantamento através do uso de técnicas tradicionais. Basta um pouco de esforço, empenho e talento. Mas é claro que, no caso de O Castelo Animado, não podemos deixar de mencionar o excelente trabalho de Diana Winne Jones, cujos textos fantásticos têm o mérito de trazer também histórias de alta qualidade para os seus leitores. Isso porque a autora britânica faz (e muito bem) aquilo que muitos escritores infantis se esquecem de fazer: trata com respeito e igualdade seus leitores. Jones sabe que crianças são inteligentes e não simplifica as coisas, ela as coloca para pensar. Crianças não gostam de ser tratadas como estúpidas e reconhecem o mérito de quem sabe ouvi-las e falar com elas com deferência e sensibilidade. Por isso, os textos de Jones são tão queridos. O filme acompanha como a vida de um homem racista muda completamente por conta de sua convivência por vinte anos com um negro, prisioneiro do qual cuidou nesse período. O prisioneiro era ninguém menos do que Nelson Mandela.

Palavras de Amor

No começo, a história obedece ao ritual costumeiro: somos apresentados a uma família que parece quilibrada e funcional; feliz, em resumo. Não tardará muito para que essa impressão inicial comece a se desfazer. Os quatro personagens principais do drama são interessantes o bastante para que nos atraiam. Algo de errado se desenha no ar quando a menina se destaca em concursos escolares de soletrar palavras, e o pai, que é professor universitário, sente-se entusiasmado com o desempenho da filha e se aproxima dela para treiná- la. A mãe e o irmão mais velho reagem a isso tendo como referência seus próprios dramas. A partir daí, o filme se desdobra em diversos percursos, um dos quais — talvez o mais sedutor — fala de palavras, da importância que exercem ao medir nosso conhecimento do mundo.

Pode Crer!

Um grupo de amigos vive as aventuras, os romances e os tormentos que fazem parte da vida de todo jovem ao longo do último ano do colegial. O filme, que se passa no Rio de Janeiro de 1981, ano anterior ao boom do rock brasileiro, faz um retrato divertido e emocionado de uma geração pioneira, disposta a renovar os costumes e valores do Brasil.

A Grande Viagem

Poucas semanas antes do vestibular, Reda — um jovem que vive no sul da França — se vê forçado a levar seu pai para Meca. Desde o início, a jornada parece difícil. Reda e seu pai não têm nada em comum. A conversa é restrita ao mínimo necessário. Enquanto eles viajam através de diferentes países e encontram vários povos, Reda e seu pai se observam cuidadosamente. Como eles podem criar um relacionamento quando a comunicação é impossível?

PQD

PQD conta a história de nove jovens de 18 anos que, pela primeira vez, estão longe de casa para prestar serviço militar na prestigiada Brigada Paraquedista. Lá, eles precisam se adaptar a uma instituição na qual a disciplina e a ordem são fundamentais.

Machuca

O diretor Andrés Wood baseou-se em experiências pessoais para contar a história de um colégio católico que recebe alunos carentes, por determinação do governo. A convivência forçada não agrada boa parte dos pais, representantes dos setores da sociedade que se opunham às reformas de Allende. Mas, como outras famílias aprovam a iniciativa, a escola se torna um microcosmo do caldeirão social chileno e palco de combate entre duas concepções de mundo muito distintas, bem exemplificadas na amizade entre um garoto de classe média alta e um favelado. Através dessa amizade, faremos a leitura política do filme, banhada por um certo sentimentalismo.

Mandela – Luta pela Liberdade

O filme acompanha como a vida de um homem racista muda completamente por conta de sua convivência por vinte anos com um negro, prisioneiro do qual cuidou nesse período. O prisioneiro era ninguém menos do que Nelson Mandela.

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