Edição 132

Editorial

Editorial

Prezado Educador,
Prezada Educadora,

Dia do Professor – 15 de outubro

24 anos da revista Construir Notícias – Outubro

É com enorme gratidão que escrevo a vocês, educador e educadora.

A gratidão é um sentimento que alimenta a alma e ilumina as pessoas, permitindo viver um estado de plenitude e paz, trazendo enorme satisfação.

Durante esses 24 anos, temos lutado, discutido e acreditado na educação e nos professores, esperando estar contribuindo para a melhoria de todos, como profissionais e pessoas abençoadas.

Quando estamos em festa, ficamos alegres e agradecidos. Alegres por algo e agradecidos a alguém; por isso, ao escrever este editorial, posso dizer que estou muito alegre por fazer parte desta festa, que comemoramos em dobro: o Dia do Professor e os 24 anos da Construir Notícias.

Também estamos felizes pelo Outubro Rosa, mês de conscientização da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, e pelo Setembro Amarelo, com a conscientização da prevenção ao suicídio.

Como tema central desta edição, trazemos um assunto muito instigante, que vem despertando o interesse dos professores e dos pais e levantando muitos questionamentos: a educação dos filhos na era digital.

A Dra. Elizabeth Kilbey, em seu livro Como criar filhos na era digital, da editora Fontanar, inicia com a pergunta: “Por que precisamos nos desconectar?” e nos faz refletir com o seguinte pensamento.

Existe uma bomba-relógio na vida de nossos filhos. Ela está nas escolas, nas creches, nas casas, em nossos quartos, nas salas de estar e sob o nosso teto, facilmente acessível 24 horas por dia. Vem causando discussões em famílias e afetando o cérebro de nossos filhos, bem como o comportamento, o peso e o desenvolvimento deles. Está mudando a forma como eles brincam, socializam e passam o tempo. Essa bomba-relógio é o uso de telas. E o mais assustador: a maioria dos pais se sente incapaz de deter ou mudar essa situação.

A maioria dos pais está seriamente angustiada com o tempo em que os filhos passam em frente a uma tela e confusa em relação aos reais riscos e ao que cada um deles deveria fazer para solucionar o problema.

É preocupante que os efeitos do uso prolongado de telas ainda não sejam inteiramente conhecidos. Mas podemos observar alguns deles em adolescentes, como: dificuldade em dormir, mau desempenho escolar, danos cerebrais a longo prazo, obesidade, dificuldade de relacionamento, entre muitos outros.

Muitos pais só percebem que o tempo de tela foi um problema na família quando o filho chega na fase da adolescência. E aí pode ser tarde demais. É muito mais difícil recuperar o controle da situação quando o filho já tem passado a maior parte do tempo na frente de uma tela e os padrões de comportamento já foram definidos. Diante de tudo isso, a melhor fase para criar bons hábitos virtuais e impedir que o tempo de tela se torne uma obsessão é a de crianças em “idade latente”, que abrange o período dos quatro aos onze anos de idade, aproximadamente.

Portanto, precisamos estar juntos e dispostos a auxiliar as famílias e as próprias crianças, organizando debates sobre o tema, indicando sugestões de leitura, convidando especialistas sobre o assunto e até mesmo apresentando atividades para os pais realizarem com os filhos.

Termino este texto com a certeza de que o tema Educação dos filhos na era digital nos levará a uma mudança em prol de nossas crianças.

Um grande abraço,

(@profzeneidesilva)

cubos