Edição 04

A fala do mestre

Estágios descrevem a evolução do raciocínio

Sensório-motor
(0 a 2 anos)

A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para asssimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo, por exemplo, são contruídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.

Pré-operatório
(2 a 7 anos)

A criança se torna capaz de representar mentalmente pessoas e situações. Já pode agir por simulação, “como se”. Sua percepção é global, sem discriminar detalhes.

Deixa-se levar pela aparência, sem relacionar aspectos. É centrada em si mesma, pois não consegue colocar-se abstratamente, no lugar do outro.

Operatório-concreto
(7 a 11 anos)

Nessa fase, a criança já é capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mais ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. Desenvolve também a capacidade de refazer um trajeto mental, voltando ao ponto inicial de uma situação.

Lógico – Formal
(12 anos em diante)

A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais à representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente.

Fonte: Revista Nova Escola – Agosto 1996

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