Edição 09

Matérias Especiais

O esplendor do Velho Chico

O sol acorda e sai do seu berço, iluminando esplendorosamente as águas desse universo que, juntos, harmoniosamente, resultam na mais encantadora aurora do mundo. Quem só vê a face deste rio, não sabe que ele tem também, um coração. As mais belas e infinitas formas de vida habitam suas veias, trilhando o ciclo natural da vida, traduzindo uma paz que deveria existir no ser humano, porém pertence a um rio. Essa imensa paz, nutre as plantas, que crescem cheias de vigor e vitalidade, brotando nelas, uma forma de dar obrigado às belas águas, o alimento que o céu necessita para chorar de alegria a garantir uma lágrima de Deus, que por onde molha, floresce a vida.

Quando o sol reflete a sua luz nestas maravilhosas águas, elas fazem um tipo de balé brilhoso, onde lindas clarezas seduzem os olhos de qualquer ser humano que ama a vida e gosta de prestigiá-la da melhor maneira.

E quando o sol adormece, a lua se prepara para fazer o seu maior e mais compensável trabalho: iluminar um ser da terra que melhor e mais encantadoramente a reflete.

Ele visita as mais diversas regiões, que elas o recebem de braços abertos, pois sabem que, por onde este rio passa, um sopro de vida e felicidade faz com que as formas de vida convivam harmoniosamente, gerando paz e calor humano.

Este rio, também é fruto da criatividade popular, que vai gerar as mais infinitas lendas históricas e quem acredita compartilha, conta aos outros povos, fazendo com que a cultura sobreviva às maiores agressões do futuro, garantindo a identidade de um povo existir para sempre.

Todas essas perfeitas maravilhas, só podem continuar se o homem não fizer com que este rio fique doente; é preciso tratá-lo com amor, não o agredindo, para haver o desenvolvimento sustentável. O homem tem que saber contribuir com tudo o que a natureza tem a oferecê-lo, pois ela é uma mãe, é dela que existimos e é preciso prevalecer os laços entre o homem e natureza para garantir a sobrevivência dos dois; porque sem a natureza não há homem, sem homem não há natureza.

Ele, o “Grande Rio”, brotou porque Deus quis e abraça calorosamente a pátria aonde nasceu, vive e viverá, dependendo de como o homem vai cuidar do Nosso Amado “Velho Chico”.

Fausto Andersson

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