Edição 131
Projeto Didático
PROJETO SOCIAL ONDE ESTÁ SEU CORAÇÃO?
Colégio Dimitri Marques – Rio de Janeiro/RJ
Sobre o projeto
O projeto Onde Está o Seu Coração? nasceu de alguns autoquestionamentos: “Por que eu estou neste mundo?”, “Qual é o propósito da minha vida?”.
A nossa existência não pode se justificar em nós mesmos, porque um dia vamos morrer, e tudo o que conquistamos vai perecer. Além de que o efeito satisfatório de uma realização se dissolve rapidamente diante do nascimento da ambição da realização seguinte, fazendo com que nunca estejamos plenamente satisfeitos. É como se a felicidade humana fosse escrava de uma contínua necessidade de progresso pessoal.
A resposta que encontrei para essa indagação existencial foi que o propósito da minha vida só poderia residir fora do alcance de eventuais novas ambições pessoais.
Percebi que a razão da minha existência, que aquilo que me daria a sensação de “dever cumprido” nesta terra, deveria gravitar em torno do outro, e não do meu próprio eu. Concluí que toda essa reflexão só me levava para uma direção: o amor.
Foi quando comecei a pensar na possibilidade de ajudar aqueles que vivem neste mundo com severas necessidades e sem a oportunidade de se livrar delas. De imediato, pensei nas pessoas das comunidades carentes das grandes cidades. Porém, ainda não eram quem eu sentia que devia ajudar naquele momento, pois elas ainda dispõem de um contexto econômico mais favorável para emergir de suas circunstâncias. Segui pensando em outros grupos de vulneráveis, mas só um fez o meu coração queimar: os moradores pobres do Sertão. Nesse instante, concluí: “Pronto! Já tenho um propósito e, agora, também tenho uma missão”.
Compartilhei essa ideia com alguns amigos e tive amplo apoio moral deles. Porém, uma questão crucial ficou em aberto naquelas conversas: como chegar aos necessitados do Sertão?
A partir daí, comecei a falar com algumas pessoas, até que o meu sogro me conectou a Luís Vicente, um homem batalhador que fugiu da fome do Nordeste e venceu na vida com muito trabalho no Rio de Janeiro. Ele seria a ponte entre o nosso sonho e o lugar da sua realização.
O projeto fez a sua primeira viagem no ano de 2014. O destino: a cidade de Antonina do Norte, no interior do Ceará, cidade natal de Luís. Durante uma semana, ficamos mapeando as necessidades do local: faltava água, comida e todo o resto. Talvez fosse mais prático e rápido mapear o que não faltava. O primeiro contato com a carência extrema deixou uma marca inapagável na nossa memória. Em cada local, o desespero por ajuda era flagrante. Ele se ressaltava especialmente quando dizíamos que estávamos realizando cadastros para possíveis beneficiários de uma cesta básica.
Porém, com o passar do tempo, à medida que realizávamos, sempre com novos integrantes, as viagens semestrais (no início, a frequência foi maior), fomos notando o agravamento das condições da população do interior em virtude do ressecamento gradual dos açudes (pequenas represas de água que abastecem as comunidades do interior).
Descobrimos, então, que aquela região do semiárido estava vivendo um anormal e duradouro período de estiagem e que, em função da seca, a necessidade mais urgente, naquele momento, era água. Diante desse quadro, focamos os recursos do projeto na perfuração de poços profundos em Antonina do Norte e, posteriormente, em Lavras da Mangabeira, a partir de 2016.
Se a experiência de levar comida para os famintos é extremamente gratificante, mais emocionante é a de levar água para os sedentos. A partir da abertura dos primeiros poços, ficamos ainda mais apaixonados pelo projeto.
Hoje, o nosso desejo é levá-lo o mais longe que pudermos, ajudando o maior número de pessoas possível. Para isso, contamos com a ajuda de pessoas como você, que só estão lendo esta história até aqui porque também se importam com o outro. Seja um integrante desta missão! Se não agora, quando? Se não você, quem?
Como é feita a seleção das famílias que serão contempladas?
Além dos critérios objetivos, como renda familiar e número de pessoas na família, visitamos as casas para avaliar suas condições de moradia e necessidades habitacionais. Em alguns casos, as próprias comunidades locais são envolvidas no processo de seleção, indicando as famílias mais carentes da região. Isso pode aumentar a transparência e a participação da comunidade no projeto social. O importante é garantir que o processo de seleção seja justo e transparente e que as famílias mais necessitadas sejam contempladas com as casas.
Qual é a ligação da escola com essas famílias?
O Colégio Dimitri Marques, que tem seu diretor como idealizador do projeto social que busca ajudar famílias carentes do Sertão nordestino, tem uma forte ligação com essas famílias. Isso porque os valores e os princípios que o colégio promove, como solidariedade e Responsabilidade Social, estão diretamente relacionados com o objetivo do projeto.
Ao incentivar seus alunos e a comunidade escolar a participarem do projeto social e a ajudarem essas famílias, o colégio está mostrando, na prática, o compromisso com esses valores.
Dessa forma, a instituição pode ser vista como um ponto de conexão entre as famílias carentes e a ajuda que elas precisam. Ao se envolver com o projeto social, a escola não está apenas ajudando as famílias, mas também proporcionando aos seus alunos e à comunidade escolar uma experiência de cidadania e engajamento social.
Assim, a ligação do Colégio Dimitri Marques com essas famílias é forte e significativa e reflete o compromisso da instituição em promover valores e princípios que contribuem para uma sociedade mais justa e solidária.
Instagram: @colegiodimitrimarquesoficial
E-mail: colegiodimitrimarquesoficial@gmail.com
Fone: (21) 2415-7614