Edição 42
Dicas de leitura
Dicas de leitura

A Arte de Educar Crianças
Publicado em 25 países e com mais de 1 milhão de exemplares vendidos, esse livro não se destina somente a pais e professores: ele contém orientações que podem ser adotadas por qualquer pessoa, jovem ou idosa, da dona de casa ao médico, do político ao garçom. Trata de princípios sobre como vivemos, interagimos com os outros e apreciamos a vida.
Movido por uma verdadeira obstinação em fazer a diferença na vida de cada um de seus alunos, o professor Ron Clark elaborou uma lista com as 4 verdades universais sobre as crianças e 55 regras com orientações básicas sobre boas maneiras dentro e fora da sala de aula.
Por saberem exatamente o que se esperava deles, os alunos de Clark apresentaram uma extraordinária melhora em seu aprendizado ao mesmo tempo que ganharam autoconfi ança e respeito por si próprios. Além de estudantes mais aplicados, tornaram-se pessoas bem-educadas, responsáveis por seus atos e preparadas para o convívio social.
Como diz Clark, “Essas regras não se destinam apenas a fazer com que as crianças se comportem, seu objetivo também é preparar os estudantes para o que os aguarda depois que deixam a sala de aula. Elas os capacitam a lidarem com qualquer situação que eles possam encontrar e lhes dão confi ança para isso”.
Em reconhecimento ao seu trabalho, Ron Clark ganhou o prêmio Professor de Destaque do Ano, concedido pela Disney em 2001.

Profissão Professor
A obra revela uma grande pluralidade de pontos de vista, procurando pôr à disposição do leitor uma refl exão útil para pensar a situação atual dos professores portugueses. Na seleção e organização dos textos, tentou-se respeitar um núcleo temático consistente, diversifi cando as perspectivas de análise e de estudo.
As abordagens históricas, filosóficas, epistemológicas, psicológicas, pedagógicas e sociológicas sucedem-se ao longo dos seis capítulos: O passado e o presente dos professores, O educador e a ação sensata, Consciência e ação sobre a prática como libertação profi ssional dos professores, Mudanças sociais e função docente, Aspectos sociais da criatividade do professor e Ofício do professor: o tempo e as mudanças.
Esses estudos coincidem numa apreciação criativa do estatuto e dos percursos dos professores, mas não deixam de reafi rmar uma convicção unânime no futuro da profi ssão docente. É nessa capacidade de distanciamento e de problematização, mas também de empenhamento e de aposta, que reside o seu caráter atrativo para os professores interessados em procurar um sentido para a sua ação pedagógica e profissional. Profissão Professor vem para incentivar o debate interno no seio das escolas e a refl exão científi ca no âmbito da formação inicial e contínua, ajudando a fomentar uma nova cultura profi ssional do professorando.

Ofício de Aluno e Sentido do Trabalho Escolar
Atualmente, os alunos passaram a ser “aprendentes”. A centração nas aprendizagens, implicando, logicamente, uma centração da didática que as organiza, poderá, se à tal não estivermos atentos, ser a última etapa da denegação do sujeito: se o “aprendente” não aprende, se não quer ou não pode aprender, qual é a identidade que lhe resta? Identificar o aluno com o “aprendente” é impedi-lo de pensar o papel que os adultos lhe atribuem e o modo como o estudante vive esse papel: é esquecer que o “ofício” de aluno é consignado às crianças e aos adolescentes como um ofício “estatutário”, do mesmo modo que um adulto é mobilizado pelo Estado para se apresentar perante o júri ou para ingressar no exército. Juridicamente, o trabalho escolar está mais próximo dos trabalhos forçados que de uma profi ssão livremente escolhida. Uma fração dos alunos faz da necessidade virtude e realiza, sem difi culdade, o seu percurso escolar; outros resistem abertamente e desencadeiam a fúria dos que lhes “querem bem”; outros, ainda, fingem aderir às regras do jogo com elas.
Idealmente, o ofício de aluno incita-os a trabalharem para aprender. Na realidade, pede-se também às crianças e aos adolescentes que trabalhem para estar ocupados; para transformar textos, exercícios, problemas verifi cáveis; para ser avaliados; para contribuir para o bom funcionamento didático; para tranqüilizar professores e pais. Convidamo-los a seguirem rotinas e regras que visam otimizar as aprendizagens e o desenvolvimento intelectual, mas, às vezes, mais prosaicamente, impomo-lhes a manutenção do silêncio, da ordem e da disciplina para facilitar a coexistência pacífi ca dentro de um espaço fechado, para assegurar o cumprimento dos programas, a melhor utilização dos recursos e a autoridade do professor.
Uma sociologia do ofício e da arte de ser aluno é, ao mesmo tempo, uma sociologia do trabalho escolar, da organização educativa e do currículo real. Essa abordagem sociológica interessa-se, assim, pelas tarefas e pelos condicionalismos que são, efetivamente, impostos aos alunos, analisando também as táticas e as estratégias de que estes se servem, a maneira como se distanciam em face das expectativas dos adultos, as manhas que utilizam com os limites de poder que a situação escolar lhes impõe, na família ou na escola. Essa obra esclarece, igualmente, os conteúdos concretos da cultura escolar, tal como esta é transposta e encarnada no dia-a-dia da sala de aula; e, por fi m, interessa-se pelo sentido que os alunos dão ao seu trabalho cotidiano, em função da sua herança cultural, pelo sentido das situações vividas na instituição escolar e pelo poder que aí lhes é concedido.

Antropologia, História e Educação
Qual a importância da educação escolar para as populações indígenas? De que modo a educação se articula às culturas e aos projetos indígenas de construção de seu futuro? Que escola atende a esses projetos? Como e por que uma educação escolar específica aparece, atualmente, como uma das principais reivindicações da agenda política do movimento indígena no Brasil? Questões como essas são abordadas nesse livro, a partir de extensa pesquisa antropológica e histórica junto a povos indígenas de todas as regiões do País. Nele, discutem-se as contribuições da teoria antropológica e dos diálogos multidisciplinares envolvendo Antropologia, Educação, História e Lingüística para a refl exão sobre as condições para a efetiva implementação dos direitos educacionais e identitários dos povos indígenas.

A Formação do Professor e Outros Escritos
O ponto de vista pedagógico não deve ser uma tentativa de aplicação de conhecimentos auferidos em possíveis descrições e explicações de “fatos” escolares, mas um esforço de compreensão da escola como um projeto institucional para transformar uma comunidade de professores e alunos, onde ocorrem encontros de gerações numa comunidade espiritual fundada numa visão ética cujos efeitos educativos se prolongam além dos anos de escolaridade.
José Mário Pires Azanha analisa as questões do ensino, da avaliação, da formação dos professores e outros assuntos com agudeza e simplicidade. Tem profunda convicção sobre a importância da autonomia da escola na tarefa educativa e ensina que, se a escola não for capaz de se debruçar sobre os seus problemas, ninguém fará isso por ela.
Mais uma obra publicada pelo Senac São Paulo como instrumento de aprimoramento e fonte de análise para o contínuo desenvolvimento dos profi ssionais e estudiosos da Educação no Brasil.

Práticas Pedagógicas na Escola Indígena
Qual o lugar da escola na vida de um povo indígena no Brasil de hoje? Que princípios educativos e quais práticas pedagógicas fazem da escola uma escola indígena? Nesse livro, são descritos e analisados projetos e experiências escolares recentes e efetivamente vividos por povos indígenas diversos. Em pauta, a discussão sobre os caminhos possíveis à construção de uma educação escolar que corresponda às expectativas, aos direitos e às especifi cidades das populações indígenas. Em pauta, também, a consecução do projeto indígena de uma educação escolar específica.