Edição 129

Professor Construir

Planejamento reverso

Nildo Lage

Implantar o planejamento reverso é como esquematizar uma guerra contra um inimigo com poder bélico desconhecido e ações imprevisíveis!”

O que é planejamento reverso? Na prática, o processo é simples: basta os responsáveis pela formação — sistema, professor, família e governo — respeitarem os olhares e as aspirações dos alunos para que sonhos sejam realizados por meio das aptidões e destrezas desenvolvidas. Ou se estacar diante de uma turma e perguntar aonde ambicionam chegar? Na sequência, esboçar metas particulares e arrastar para o início, ou melhor, para o fim, onde estão os sonhadores que acreditam vencer por meio da educação!

Não fui claro? Vamos reverter para atenuar! Implantar o planejamento reverso é como esquematizar uma guerra contra um inimigo com poder de fogo desconhecido e ações imprevisíveis! Assim, é necessário precisão nas estratégias, que devem obedecer ao ritmo do agir; prontidão nas atuações; e respeito às decisões do aluno no que se refere às suas ambições, para que os objetivos propostos alcancem os resultados almejados. Professor e aluno transitam por cenários onde fracassos enfraquecem e desestimulam. O planejamento reverso é um processo tão desafiador que alicia os fortes como parceiros. Tão somente fortes têm audácia para se arremessar em um universo de dificuldades, fugas e conflitos; suportam suas intempéries; seguem adiante; e provocam cada etapa de uma sucessão de mudanças como meta, em que potenciais, competências e aversões são postos à prova para progredirem sem sucumbirem. Seus conteúdos têm que, no mínimo, exceder os próprios limites do aprender para, assim, facilitar o processo de absorção dos teores pelo aluno.

Uma vez principiado esse processo, jamais se deve interrompê-lo. Mesmo as suas normas sendo simples, como respeitar, olhar e querer no compasso do progredir docente.

Só que esse procedimento, de tão desafiador, estagna o sistema e arrebata o professor da zona de conforto, porque principiar um processo que estabelece o fim como ponto de partida decreta prontidão para atender ao grito do aluno e segurança no agir, para não o desviar do foco. E essa cadência de ações não deve ser um protocolo, deve ser respeito ao eu do discente.
Essa fiança, de tão essencial ao desempenho do processo, converte-se em metodologia, cujas estratégias têm que ser delineadas com minúcias para que o aprender não sobrevenha o ensinar, porque o primeiro saber para compreender as regras deve ser o da maturidade — o professor, para que não tropece no alvo e não atente o recuo discente além do fim, para que não sobrevenha a falta de esperança.

O principal desígnio do planejamento reverso é guiar ações docentes no procedimento de ensinar, em que o desenvolvimento do aluno é refletido pelas aptidões e competências desenvolvidas, para que advenha a aprendizagem discente, até ambos abordarem a primeira estação de observação, que é a de fortalecer a estrutura docente.

Esta tem que, no mínimo, ter, individualmente, propósitos definidos como resultado das ações, pois, nesse estágio, o compreender discente para saber como fazer tem que ser competência peculiar para facilitar um avanço seguro à segunda fase, e esta decreta conhecimento condensado como portabilidade.

Nessa etapa, os objetivos exigem saberes sintéticos, ou seja, decorrências refletidas em atitudes que se tornam a plataforma para receber novas competências, entre elas habilidades que auxiliem na identificação dos resultados aspirados.

Do contrário, projeções e esforços do professor se perderão entre aplicações de conteúdos e aprendizagem discente, porque nem professor nem sistema conseguem identificar, nos resultados obtidos por meio de números, o nível de aprendizagem discente refletido nas habilidades e competências estabelecidas, excepcionalmente, na BNCC. É preciso resultados que afiancem se os objetivos alcançaram as finalidades propostas.

PLANEJAMENTO REVERSO X BNCC

Se o sistema prosperar contrafazendo pelas trilhas dos próprios caminhos, contrastando em inverter o planejamento para acatar os gritos que retinam da sala de aula, a BNCC, que despontou como um ponto de luz no horizonte da Educação, tornar-se-á mais um sonho abortado, pois aprendizagem constituirá num objetivo rejeitado no procedimento de ensinar, porque o dinamismo que seduz o aluno e o estimula a se envolver no processo bloqueará ações e impedirá a constituição das etapas, que ruirão sobre a própria base por prevalecer efeitos de teorias evasivas.

Sem práticas que aliciem envolvidos no processo ensino-aprendizagem, não teremos aprendizado, pois trabalho sem planejamento atinge alvos aleatórios, e não os desígnios daqueles que sabem aonde querem chegar. O que temos é professor empanturrado de boas intenções. Mas boas intenções sem planejamento é se atrever a abrir caminho num terreno entrecortado por rios repletos de corredeiras sem edificar pontes; porque planejamento sem comprometimento descarta o essencial: metas a serem alcançadas.

E é exatamente a deficiência de finalidades no planejar sistemático que aparta professor e escola do portal que conduz ao crescimento discente, por não existir espaço para o aluno crescer, porque competências não são obtidas, são desenvolvidas. No planejamento reverso, o particular alcunhado aluno é quem estabelece de que fim principiará o processo de aprendizagem, porque é ele quem delineará as opções de ensino.

Acredito em toda Educação Básica, especificamente no Ensino Médio, para maximizar os horizontes de uma educação inclusiva. Planejamento reverso e BNCC se tornam tão fundamentais nesse processo que nem é preciso acionarmos os mecanismos para que as metas e os propósitos sejam obtidos, pois o aluno autoguiará sistema e professor pela rota do aprender consistente.

Esse procedimento dilata o próprio percurso didático, que alavanca o processo de ações sincronizadas, e, ao transportar o aluno para esse fim, conteúdos, atividades e ações não se afastam das adjacências delimitadas pela BNCC por salientarem resultados que refletem as habilidades e competências estabelecidas por ano-ciclo.

É preciso rejeitar em primeira mão a centralização do professor? É! Porque planejamento reverso e BNCC arremetem na sala de aula as metodologias ativas, e estas constituem finalidades acentuadas por práticas docentes delineadas, para que as experiências de aprendizagem discente sobrevenham por meio de atividades assíncronas! O fim? Intimidade com os softwares educacionais que promovem, com eficácia, o trabalho do professor e flexibilizam a aprendizagem.

Não adianta os escorregadios camuflarem, agirem com astúcia, darem um passo para trás, crédulos de que serão absolvidos pela rígida sentença da Base Nacional Comum Curricular. Desta vez, as competências da Educação Básica terão que ser atingidas, para que a voz do indivíduo questionador, investigador e reflexivo ecoe como resposta, e mais: ser respeitado, e não arrebatado do seu universo social, para que o pensamento abstrato sobressaia como essência de uma identidade livre para expressar.

No planejamento reverso, o particular alcunhado aluno é quem estabelece de que fim principiará o processo de aprendizagem, porque é ele quem delineará as opções de ensino.”

COMO SISTEMA E PROFESSOR AGIRÃO NESSE PROCESSO?

É simples, aquele velho sonho de implantar a aprendizagem ativa para que incida o desenvolvimento integral discente vai ter que se transformar em realidade, e não são normas que escola, sistema e professor adotarão. São competências e habilidades constituídas pela BNCC.

O grande desafio para um sistema que sempre seguiu o senso comum é harmonizar os elementos tecnológicos ao professor para que ele possa planejar, trafegar na Internet das Coisas, ser auxiliado pela inteligência artificial e se achegar à realidade virtual, para alavancar o protagonismo do aluno de uma vez por todas e, na mesma ação, permitir que construa a própria aprendizagem.

Não há espaço para contorno, tampouco recuo. O planejamento reverso bloqueou as rotas de fuga de sistema e professor e os aliciou para serem parceiros do aluno; e, se ambicionarem irem além, devem atrair compartes para estreitar essa relação, e metaverso é usar as tecnologias — o 5G — como ferramentas!

O metaverso na escola causa estranheza, mas impele professor e sistema para acionarem as turbinas para impulsionar os alunos para voar alto, explorar outros planetas, porque ambiente virtual tridimensional tem que ser realidade para que os avatares — alunos — e os terráqueos — professores — possam se inter-relacionar na órbita da sala de aula, para facilitar o processo de aplicação de conteúdos com aprendizagem, que é, precisamente, o começo pelo fim, em que o aluno deve salientar, por meio da mudança de atitudes, se as ações pedagógicas aplicadas desenvolveram as dez competências estabelecidas pela BNCC.

É nesse instante que habilidades, competências e criatividade do professor têm que ser postas à prova, porque produções criativas, vídeos, apresentações, relatórios e até preparação de infográficos devem corresponder às coordenadas do aluno, como itinerários para diagnosticar avanços, dificuldades e, por que não?, retrocessos.

O professor deve despertar da hibernação e se aprontar para transitar pelo corredor planejamento reverso-metas da BNCC, pois tem que atuar como profissional que aspira alcançar finalidades definidas, e, para tal, delinear metas com táticas precisas e planejamento é tudo. E esse planejamento tem que analisar, com minúcias, como cada aluno vai absorver os conteúdos e em qual proporção. Esse aprender promoverá o seu crescimento por meio da expansão das competências, para, na sequência, moldar com conteúdo rico até atingir o alvo da educação, o desenvolvimento humano.

O sistema que acelere suas máquinas para operarem com presteza para fazer uma lipoaspiração na escola e no professor, buscando escoltar o avanço discente e facilitar a superação de barreiras no transcorrer de aulas ativas e assertivas.

O IMPACTO DO PLANEJAMENTO REVERSO EM UM SISTEMA QUE SE PERDE ENTRE APLICAÇÃO DE CONTEÚDOS, ENSINO E APRENDIZAGEM

Ostentando um ensino deformado por tendências suplantadas, o sistema provoca, ano após ano, a deterioração da sua principal ferramenta: o professor, que, sem motivação e valorização, atua desmotivado e não ousa afrontar as evoluções, apenas impende protocolos.

Esse vácuo absorve o entusiasmo e robotiza o profissional, que não define aonde almeja chegar porque foi planificado para se abeirar a lugar nenhum, por ser deficiente de arrebatamento. Seus alunos partem sem estrutura, porque também não foram preparados, motivados, tampouco valorizados. Como regente, cumpriu tão somente ações para arremessá-los para o próximo ciclo sem nenhuma base para competir num mundo cada vez mais incontestável, porque aplicou conteúdos e não atuou ativamente para promover a aprendizagem.

A cadência de fracassos e abdicações acende o ranço, que aufere consistência graças à ineficácia de um sistema que resiste em ativar os mecanismos que estreitam o relacionamento aluno-aprendizagem, e essa falta de iniciativa provoca sismos que estremecem o setor a cada tempestade de avanço, sobretudo tecnológico.

O impacto é tamanho que o sistema surta e desfecha aleatoriamente para contrafazer: o quê? Hã? Por quê? Onde? Está tão perdido que replica ante qualquer questionamento: que curso? Para onde vamos? Em meio aos conflitos, sem argumento que o persuada, explode: como inverter a direção para enveredar pela rota que altera o que está no final da fila? Como adotar uma metodologia que decreta ao professor retroceder os passos para começar pelo fim?

Vai a indicação! Quando não se sabe para onde vai nem aonde se ambiciona chegar, é aconselhável interromper e retroceder ao início para reiniciar do fim! Exatamente isto, começar do fim!

A dialética é que o sistema tem ciência de que planejamento reverso é uma missão quase impossível ante a realidade em que vivemos! Pois, para avançar até o ponto final e recomeçar, é preciso refazer tudo. O sistema está tão perdido que não ousa se despir da velha roupagem para se revestir de ferramentas do futuro e promover a transformação para encontrar o norte do regresso e, nesse retrocesso, descobrir um professor desnorteado a ponto de não visualizar o seu aluno plantado numa carteira à espera das coordenadas para prosseguir como indivíduo autônomo.

Ante o “Eu não faço nem você!”, o abismo que absorve o novo se dilata para se alimentar de novas oportunidades e, assim, restringe o horizonte da educação, que apresenta tanta inconstância que nos impede de falar de planejamento reverso. Pois é impossível não tocarmos na ferida aberta pelo desconfortável gerenciamento escolar que não apresenta, nos seus objetivos, foco que atenda aos desejos do aluno.

O grande desafio não é iniciar um processo pelo fim, é chegar à conclusão de que reverter o caos é encontrar o norte […]”

A realidade situa decisões que apontam a direção, e não adianta procurar atalhos para se evadir da rota imprescindível. Planejar é o alicerce de qualquer projeção que envolva aprendizagem, excepcionalmente do outro. Esse outro, que é posto sob a responsabilidade de um profissional abstruso, que estaca no cruzamento à espera do comando, que não sobrevém, não se atreve a experimentar o novo na sala de aula.

Contudo, o sistema tem conhecimento de que esquematizar, formar e valorizar são plataformas que projetam, desenvolvem competências e estimulam a sua ferramenta humana — o professor — no incremento de ações que facilitam um trabalho que promove o crescimento do aluno.

São esses acometimentos que o professor necessita para prosperar e chegar ao fim. E não é preciso radicalidade para arremeter tudo no despenhadeiro. É só dar um basta nesse círculo vicioso professor-sistema-governo, que não admite os resultados desse vai e vem, que é decorrente do não atuar a favor do aluno.

ATÉ ONDE O TEMOR DE ADOTAR O NOVO DIFICULTA O AVANÇO?

O grande desafio não é iniciar um processo pelo fim, é chegar à conclusão de que reverter o caos é encontrar o norte, e essa descoberta é tão fascinante que o aluno desenvolve competência para apontar para o ensinante como principiar pelo fim que ambiciona alcançar.

Para aplicar as metodologias do planejamento reverso, é preciso se submeter a um processo no qual o ensinante tem que acatar normas, procedimentos e ritmos atribuídos pelo aprendente, e, nesse método, domar saberes é pouco, é primordial flexibilidade para não obstruir o processo de aprendizagem do aluno. Sabedoria e maturidade, para contornar conflitos oriundos da própria dificuldade discente para se adaptar ao novo processo de aprender, são essenciais.

É desafio! O professor vai ter que se preparar não apenas tecnicamente, mas emocional e psicologicamente para descartar, de uma vez por todas, o processo “Coma o que eu sirvo”. O atendente vai ter que se acercar da carteira e perguntar ao seu cliente: “O que almeja comer? Em que momento, onde e como quer ser servido?”.

Para os leigos, planejamento reverso é o conjunto de atividades organizadas pelo professor, com metas focadas nos objetivos a serem alcançados, por ser a mais pura essência da metodologia ativa, que tem regra única: quem protagoniza e determina ingredientes, lugar e ritmo é o aluno, e este ambiciona uma sala de aula inovadora. Assim, o professor tem que respeitar o esboçar docente; e mais: vai ter que ir além do disseminar conteúdos; é preciso aplicá-los na dose e no tempo do aluno, além de adotar estratégias que atendam o individual, e, para tal, é primordial esboçar tópicos acentuados, como alternativas e zelo, para não afastar o cliente das metas aspiradas.

A regra é tão clara que atividades e materiais que devem atender às estratégias da clientela não podem evadir dos objetivos dos conteúdos esboçados pelos alunos, que devem sobressair a ponto de adquirir uma aprendizagem com autoridade para impor o que aprender e como aprender.

Ante os desafios, é impossível não ressoar questionamentos: como produzir conteúdo que atenda, se o único material de base ao alcance do professor é o livro didático e ele não acata situações regionais num país de extensão continental, por universalizar o processo tradicional como roteiro de aprendizagem? Vai ser preciso dividir o planejamento em períodos para nivelar os que estão no fim? Como avaliar para afiançar se os desígnios da aprendizagem proposta foram alcançados? Vai-se evoluir, progressivamente, até converter o professor num transformer, para, assim, dominar ferramentas com recursos tecnológicos capazes de desfechar aleatoriamente e não errar os alvos da metodologia?

É urgente um despertar coletivo para reconstruir, pois o tradicional obstrui o processo de aprendizagem de uma geração que chega conectada ao novo. Quem compartilha saberes tem ciência de que conhecer é preceito para cumprir os objetivos do processo de aprendizagem! Tem que ser pelo fim? Desta vez tem! Planejamento reverso é uma centrífuga, vai dissolver tudo até arrebatar o professor para recuar e, assim, replanejar o currículo, para que conteúdos se adéquem aos ambientes virtuais, estabelecendo organização e motivação como diretrizes para a exploração da criatividade.
Temos que admitir, planejamento reverso é um prato difícil de ser digerido. De tão indigesto, ata um nó na garganta de um profissional que bitolou o paladar ao clássico! Todavia, é preciso assolar a instabilidade que impede a aprendizagem, porque voltar o olhar para visualizar aquele que não se encontra no espaço escola e se conserva à espera de uma oportunidade para aprender do seu jeito não é retroagir, é regressar para encontrar o outro no seu universo e, a partir desse fim, principiar o processo de aprendizagem sem arrebatá-lo do seu mundo.

Essa consciência é um convite a professores, especialistas e gestores para uma reflexão. Refletir sobre o novo como ferramenta pedagógica, pois essa atitude não altera apenas comportamentos, ela estimula a repensar as práticas e a consciência do que fazer para incentivar o aluno a atuar como indivíduo autônomo por meio das próprias observações, para que entreveja o fim a que ambiciona chegar.

Outro ponto que não pode ser esquecido: planejamento reverso não conduz professor no processo de ensinar. Pelo contrário, arremessa-o no universo do seu aluno e o alerta a escoltar a evolução daquele que acredita instruir, porque avanços e retrocessos são decretados pelo guia aluno, uma vez que a metodologia instiga questionamentos cujos retornos exalam do aluno, e um deles é “Como quero construir o meu conhecimento?”.

Ao partirmos desse pressuposto, compreendemos que ensinar não é plantar no aluno competências que ele ambiciona. É preciso auxiliá-lo para desenvolvê-las, e alcançar metas tem que ir além do aplicar conteúdos que a escola acredita que é imperioso.

Nessa transição, o processo de avaliação tem que ser ininterrupto, decretando, ao professor, atenção e prudência para conduzir o aluno a partir desse fim, que é o seu progresso, através de um procedimento em que ensino e aprendizagem sobrevenham não como respostas dos propósitos docentes, mas como retorno daquele que corre atrás de um sonho.

Em meio aos questionamentos e recuos, o grande repto: como inserir o planejamento reverso para atender a uma BNCC que assinala que as velhas regras de ensinar não funcionam mais? É preciso mirar no individual, e, para atender esse particular, há que se reverter o fluxo e enveredar pela rota que conduz ao desenvolvimento discente.

Mesmo não sendo o caminho da vida, a BNCC é um estridente alarme, cuja sirene ressoa ininterruptamente para alertar que não se deve interromper o ritmo de crescer do aluno, tampouco arrebentar as suas fronteiras de se instruir com conteúdos frívolos tão somente para cumprir protocolos.

O mundo pós-covid decreta que os desígnios da educação têm que ser alcançados, e o sistema tem que reciclar o professor, que até então transita deficiente de formação e valorização no espaço escola, e recauchutar suas práticas profissionais com ferramentas inovadoras para atingir as metas de desenvolver habilidades e competências discentes, para que se dilatem os horizontes das oportunidades por meio da estrutura adquirida.

Nesse procedimento, o alinhamento BNCC x planejamento reverso se converte num farol para guiar o professor para, definitivamente, compreender que a aplicação de conteúdos não desenvolve competências! Competência não é uma semente que se arremessa na terra, aduba e rega; competência é uma planta que necessita de nutrientes judiciosos para desenvolver e granjear estrutura para integrar o indivíduo na floresta social com coerência para resistir às intempéries de um mundo cada vez mais competitivo e infestado!

Mesmo não sendo o caminho da vida, a BNCC é um estridente alarme, cuja sirene ressoa ininterruptamente para alertar que não se deve interromper o ritmo de crescer do aluno […]”

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