Edição 81

Livro da vez

Semeadores da esperança: uma reflexão sobre a importância do professor

Gabriel Chalita

Nesta obra, que busca as raízes do ser, o professor é insistentemente convidado a manter acesa a chama do sonho primeiro de educar; é preciso manter a esperança do aluno, na melhoria da vida, na modificação do mundo. Assim confirma a necessidade da humildade para renovar sempre o seu ofício, independentemente das adversidades. Escrito de forma quase poética (apesar de ser prosa), nele cada professor se reconhece um pouco nos comentários, nas situações apresentadas, nos questionamentos e especialmente no desafio de se reencontrar com a alegria.

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“Madre Tereza de Calcutá dizia: ‘é fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado’. O professor deve demonstrar a ternura que sente pelos seus alunos.”

“Um exercício interessante que um professor pode fazer para progredir em sua tarefa de ensinar com excelência é lembrar-se de seus próprios professores. Por que alguns professores são inesquecíveis e outros não? O que diferencia um professor presente de um professor ausente na história de seus alunos?”

“Um professor que tem ternura é ético, não é autoritário. Tomar decisões que desagradem os alunos faz parte do processo. O aluno precisa de limite. Mas a forma não pode ser autoritária. Um professor precisa se valer do bom senso para que a relação com seus alunos não seja comprometida por bobagens.”

“O professor tem de ser um referencial e, como tal, não deve brigar com um aluno, em hipótese alguma. É a tal da autoridade conquistada. Os alunos testam os professores, fazem isso porque têm o prazer em desafiar a autoridade, gostam do confronto. Ao professor cabe a maturidade de minimizar a provocação e, com serenidade, recuperar a sua autoridade. Para isso, é preciso ter bom senso, mais do que aparentar rigor.”

“O professor tem medo de que o aluno perceba que ele não domina todo o conhecimento. É isso uma bobagem, porque se ele, na realidade, não domina completamente o conteúdo da matéria lecionada na sala de aula, é importante assumir que não sabe e se colocar como pesquisador curioso que, com os seus alunos, está aberto para o conhecimento de fatos novos.”

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